A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais embargou todas as atividades da mineradora Samarco na região de Mariana, devido ao rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração na última quinta-feira (5). O acidente levou à liberação de 62 milhões de metros cúbicos de lama, o suficiente para encher 24.800 piscinas olímpicas.
Em nota, a secretaria informou que a legislação permite a suspensão emergencial das atividades da empresa para que sejam apuradas as causas e consequências do evento para a saúde da população e para o meio ambiente. Até as 19h desta segunda-feira (9), o Corpo de Bombeiros havia confirmado duas mortes e o desaparecimento de 25 pessoas.
As operações de mineração da Samarco só poderão ser retomadas após a apuração dos fatos pela Secretaria e a adoção de medidas de reparo aos danos provocados. A Samarco é controlada em parceria pela empresa brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton, entre as maiores do mundo no setor.
De acordo com a secretaria, a Samarco só está autorizada a desenvolver ações emergenciais, ou seja, aquelas voltadas para minimizar o impacto do rompimento das barragens e prevenir novos danos.
A mineradora Samarco ainda não se manifestou sobre o embargo da licença de operação.
Distrito de Bento Rodrigues desapareceu sob a lama liberada pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora – Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
(Fonte: Agência Brasil)