Um acidente nas proporções do que aconteceu em Mariana e região, na última semana, demanda atenção máxima de todos os agentes públicos. E a Cemig, logo que recebeu o alerta da tragédia, preparou uma operação de emergência, mobilizando todos os recursos disponíveis para atuar no local, em todas as frentes onde foi demandada.
Os técnicos e eletricistas da Empresa continuam na linha de frente, tendo como principal objetivo amenizar as consequências causadas pelo rompimento da barragem, como a falta de energia causada pela avalanche de lama e a segurança da população e das equipes de resgate, que são ameaçadas por linhas de distribuição de eletricidade rompidas e eventualmente energizadas.
As equipes de emergência da Cemig chegaram ao local do desastre momentos depois do rompimento da barragem e, desde então, trabalham continuamente, mesmo com todas as dificuldades que o local oferece.
Geraldo Arlindo Gondim é supervisor técnico do sistema elétrico de campo da Companhia e está coordenando algumas das equipes que estão trabalhando na região. Ele conta que a cena que encontraram, quando chegaram para os primeiros atendimentos, era desoladora.
“Nos meus 27 anos de trabalho na Cemig, nunca vi algo tão terrível. A princípio, ficou até difícil avaliar como iríamos fazer para resolver os problemas da rede elétrica. Mas sabíamos que a prioridade era a segurança do pessoal que estava ilhado e até mesmo de quem atuava no resgate”, avalia,” e, portanto, a primeira coisa a se fazer era iniciar o rastreamento da rede no local e desligar eventuais circuitos que ainda poderiam estar energizados, para evitar acidentes de choque elétrico”, conta.
Até o momento, a maior parte dos trabalhos da Cemig continua nesta linha de atuação, priorizando os desligamentos para proteger as pessoas no local – moradores e equipes de resgate – pois ainda é impossível executar serviços de reparo e reconstrução da rede nos locais alagados e ilhados pela lama.
“Estamos com muitas dificuldades de acessar a maior parte dos locais onde a rede elétrica foi danificada”, afirma Bernardo Pains Silva, engenheiro do Centro de Operações de Distribuição da Cemig, setor responsável pela gestão de todos os atendimentos das equipes de campo da Cemig. “A prioridade ainda é a segurança, mas também estamos fazendo o máximo para religar o maior número possível de trechos da rede, aquelas partes em que é possível cortar os cabos e isolar os rompimentos expostos”, explica o engenheiro.
Enquanto trabalhava durante o final de semana, em um esforço conjunto com as equipes de bombeiros e defesa civil, Geraldo Gondim conta que observou um comportamento diferenciado dos profissionais da Cemig que faziam os atendimentos. “A gente percebe que o esforço de todos é redobrado nestas situações. Todo mundo acaba se empenhando mais do que no dia a dia, pois entende que a situação é especial e exige isso, esse sentimento de querer ajudar o máximo possível”, conclui o técnico da Cemig. (Ascom Cemig)