Ingestão de alimentos leves ajudam a diminuir indisposição. Açaí está na lista dos alimentos leves, com alto poder nutritivo, refrescância e de hidratação.
O mês de outubro em Belo Horizonte registrou o dia mais quente de ano em terras mineiras é o que aponta o registro do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), localizado na região de Pampulha. Na sexta-feira, 16 de outubro, por volta de 14h15, o órgão registrou o dia mais quente do ano com o pico de 37,4ºC e do registrado em toda história da capital, o valor supera o último registro que data de 2012. E há chances dos termômetros subirem ainda mais.
Com as altas temperaturas, o organismo tende a ficar indisposto até na hora de se alimentar. Para manter o equilíbrio, a recomendação dos médicos é aumentar a ingestão de líquidos, buscar sempre alimentos mais leves, porém nutritivos, e que auxiliem na hidratação do organismo. Dentre as opções, está o consumo do açaí. Conhecido com o ouro negro da Amazônia, o consumo do produto cresce neste período do ano. De acordo com levantamento feito pela Fast Açaí, de agosto até outubro houve aumento de 20 a 30% de movimentação nos quiosques em Goiás.
Consumido em baixas temperaturas, o açaí é muito refrescante e aumenta a sensação térmica do indivíduo, explica a engenheira de alimentos da Fast Açaí, Helen Lopes. Mas, muito mais do que ser um alimento refrescante, ela cita as propriedades do fruto para a estação mais quente do ano: ajuda na reposição dos eletrólitos que o indivíduo perde na transpiração e, ainda, ajuda a neutralizar o aumento dos radicais livres no organismo ocasionados pela maior exposição solar.
“Com a transpiração, que se torna maior no verão, perdemos 95% de água e 5% de eletrólitos, substâncias como sódio, potássio, cálcio e magnésio que reagem com a água e fazem a condutividade elétrica no sangue” explica. Os eletrólitos incluem as vitaminas complexo B, C e E e os minerais cálcio, ferro e potássio, essenciais para a saúde.
Já os radicais livres, uma espécie de “ferrugem” que se espalha pelas artérias, tendem a aumentar com a exposição solar. Quando em excesso, podem causar prejuízos ao organismo e, nesta hora, entram em ação os antioxidantes, substâncias com poder de limpeza, para retirar essa “sujeira” das nossas células.
Nesta hora, o açaí também é muito bem-vindo: ele contém muita antocianina, um pigmento roxo do grupo dos flavonoides, substância química encontrada nas plantas que funciona como antioxidante. “Isso significa que a fruta ajuda a combater os radicais livres, retardar o envelhecimento e evitar doenças do coração e células cancerígenas”, diz a engenheira de alimentos. Vale ressaltar ainda que o açaí contém boa gordura, aquela que traz benefícios comparáveis ao azeite de oliva, além das fibras que auxiliam no funcionamento do intestino.
Calorias X energia
Altamente energético, ele também garante o vigor necessário para as atividades de verão sem pesar no estômago. “Por isso, ele é o alimento queridinho dos ciclistas e outros esportistas. Ele aumenta o teor de energia antes e ajuda a repor após da atividade física”, afirma Helen.
Em geral, o açaí é considerado um alimento calórico graças ao xarope de guaraná, ingrediente que foi incorporado ao preparo do alimento fora de sua região de origem, o Norte do País. “Lá a fruta é consumida in natura, mas nos demais estados, o xarope e banana foram incorporados”, explica a engenheira de alimentos.
Por isso, ela orienta que o consumidor fique atento ao rótulo. Quanto mais xarope, mais calórico. “É importante que o consumidor conheça a procedência do produto para evitar exagero do xarope”, diz Helen Lopes.
Na Fast Açaí, cem 100 gramas da fruta têm cerca de 143 calorias, menos que duas bananas nanicas – estas somam 159 calorias. Em sua avaliação, o açaí não é uma opção para os lanches da manhã e da tarde. O Açaí pode ser encontrado em quiosques espalhados pelas 70 lojas na capital, interior e outros Estados. (Gisele Maria)