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Festival de História divulga programação temática em Diamantina

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Evento em Diamantina investiga identidades históricas e culturais de Brasil e Portugal

Entre os dias 8 e 11 de outubro, Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, recepcionará um público seleto no 3º Festival de História para discutir nove grandes temas do passado brasileiro e português, que repercutem ainda hoje no modo de vida e na organização dos dois países.

Promovido a cada dois anos, o festival inclui oficinas de história e programação cultural, como lançamento de livros e apresentações musicais. Em março deste ano, uma edição do festival, com formatação semelhante, foi realizada em Braga, uma das cidades mais antigas de Portugal.

Em Diamantina, os temas serão debatidos na “Tenda da História”, na praça Dr. Prado, no centro da cidade.

A abertura do evento contará com a presença do jornalista e ex-ministro Franklin Martins e da professora de história Heloisa Starling, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Martins fará uma conferência sobre a influência da política na música popular brasileira. O assunto foi estudado por ele, exaustivamente, por quase duas décadas.

Na solenidade de abertura estarão presentes ainda, entre outros, a arquiteta e urbanista Jurema Machado, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); o secretário municipal do Patrimônio de Braga, Miguel Bandeira; o prefeito de Diamantina, Paulo Célio de Almeida Hugo; e a educadora Macaé Evaristo, secretária de Educação de Minas Gerais.

Grandes temas

Os temas das mesas temáticas do 3º fHist serão debatidos por 30 especialistas, entre historiadores, jornalistas, arquitetos, economistas, sociólogos, educadores e geógrafos.

Entre os historiadores, o mineiro José Murilo de Carvalho, doutor em Ciência Política pela Universidade de Stanford (EUA); Marcello Basile, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); e João José Reis, doutor em História pela Universidade de Minnesota (EUA), hoje na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A academia portuguesa estará representada por Antônio Costa Pinto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, e Miguel Sopas de Melo Bandeira, doutor em Geografia Humana pelas Universidades de Coimbra e do Minho.

Entre os temas em pauta, que transcorreram em território brasileiro, mas correlacionados à cultura ibérica e africana, se encontram os panfletos que instigaram a independência do Brasil; a resistência dos negros à escravidão e ao preconceito no Brasil; a preservação do patrimônio histórico e cultural e a ocupação urbana; o massacre de tribos indígenas nos anos 60; as guerrilhas urbanas e rurais no período militar (1964-1985); e Diamantina no século XIX.

Outros temas dizem respeito a experiências que ocorreram tanto em Portugal quanto no Brasil, como as ditaduras e a arte barroca nos dois países.

O 3º Festival de História está com inscrições abertas no portal www.festivaldehistoria.com.br, com meia entrada a R$ 50,00 e inteira a R$ 100,00.

O evento é organizado pelas empresas Stratégia e Nota Comunicação, com as parcerias do Ministério da Cultura, do Ministério da Educação, da Câmara Municipal de Braga, da Prefeitura de Diamantina, do IPHAN, da Universidade do Minho e da UFMG. Conta ainda com o apoio da Fundação SM, da Hplus Hotelaria, da Editora Ática e da Caixa, e o patrocínio da Cemig, do Governo de Minas Gerais e do BNDES.

Confira a seguir a programação completa das mesas temáticas do festival:

Tenda da História

Diamantina, 8 a 11 de outubro de 2015

Programação

Dia 8 de outubro – Quinta-feira

Abertura oficial
Hora: 19h00

Conferência – AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA MIM
Hora: 19h30

Convidados:
– Franklin Martins, jornalista e escritor. Martins é autor da trilogia “Quem inventou o Brasil”, lançada este ano, que aborda as íntimas relações entre a música e a política entre 1902 e 2002.

– Heloisa Starling. Professora titular de História do Brasil na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Entre os seus trabalhos recentes destaca-se o livro “Brasil: Uma Biografia”, escrito em parceria com a historiadora Lilia Schwartz.

Dia 9 de outubro – Sexta-feira

Mesa 1 – OS PANFLETOS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Hora: 10h00

Convidados:
– José Murilo de Carvalho, graduado em Sociologia e Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com mestrado e doutorado em Ciência Política na Stanford University e pós-doutorado em História da América Latina na University of London.

– Marcello Basile é escritor e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Mesa 2 – DA ESCRAVIDÃO AO RACISMO: PARADIGMAS DA RESISTÊNCIA
Hora: 14h00

Convidados:
– Macaé Evaristo, educadora e secretária de Estado da Educação de Minas Gerais.
– João José Reis, historiador e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
– Rafael da Cruz Alves, historiador e pesquisador do Projeto República da UFMG.

Mesa 3 – DIREITO À CIDADE, OCUPAÇÕES URBANAS E PATRIMÔNIO CULTURAL
Hora: 16h00

Convidados:
– Jurema Machado, arquiteta e presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
– Mônica Lima e Souza é professora de História da África do Instituto de História da UFRJ, mestre em Estudos Africanos por El Colégio de México e doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF)/École des Hautes Études en Science Sociales – EHESS.
– Glauco Umbelino. Geógrafo, doutor em Demografia. Professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), com experiência em geoprocessamento, planejamento urbano e projeções populacionais.

Dia 10 de outubro – Sábado

Mesa 4 – BRASIL/PORTUGAL: TEMPOS DE DITADURAS E DE RUPTURAS
Hora: 10h00

Convidados:
– Lucas Figueiredo. Jornalista e escritor.
– António Costa Pinto. Doutorado pelo Instituto Universitário Europeu, é investigador coordenador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
– Wilkie Buzatti. Historiador, com mestrado pela UFMG, atua em História do Brasil Republicano, com ênfase nos temas da ditadura militar e do movimento estudantil.

Mesa 5 – TRAVESSIAS BARROCAS: DE BRAGA AO ARRAIAL DO TIJUCO
Hora: 14h00

Convidados:
– Cláudia Orlandi, professora de História da Arte da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (UFVJM).
– Miguel Sopas de Melo Bandeira é mestre e doutor em Geografia Humana pelas Universidades de Coimbra e do Minho, onde leciona. É vereador da Câmara Municipal de Braga.
– Andrey Rosenthal Schlee, arquiteto e professor da Universidade Nacional de Brasília, diretor do IPHAN.
– Luiz Philippe Torelly é arquiteto e diretor do Departamento de Articulação e Fomento do IPHAN.

Mesa 6 – GENOCÍDIO DOCUMENTADO: O RELATÓRIO FIGUEIREDO E A QUESTÃO INDÍGENA
Hora: 16h00

Convidados:
– Marcelo Zelic. Vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais/SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. É coordenador do Projeto Armazém Memória.
– Rubens Valente é escritor e jornalista, atuando como repórter da sucursal da Folha de São Paulo em Brasília.
– Otto Sarkis. Jornalista com passagem por vários veículos de comunicação, é empresário e integra a coordenação do fHist.

Dia 11 de outubro – Domingo

Mesa 7 – GUERRILHEIROS: MEMÓRIAS DE UMA GUERRA SUJA
Hora: 10h00

Convidados:
– Daniela Arbex é jornalista e escritora. Entre outros livros, é autora do recém lançado “Cova 232”, que aborda a Guerrilha do Caparaó.
– Antônio Nahas Júnior é economista e autor de diversos trabalhos sobre a História de Minas, entre os quais o livro “A Queda, Rua Atacarambu, 120” que aborda a repressão aos grupos que optaram pela luta armada no final da década de 1960.
– Hugo Stuart. Jornalista com passagem por diversos veículos de comunicação e professor. É autor do livro “A lei da selva”, sobre a Guerrilha do Araguaia.

Mesa 8 – DIAMANTINA NO SÉCULO XIX
Hora: 14h00

Convidados:
– Marcos Lobato é professor da UFVJM, com doutorado em História Econômica pela USP. Atua principalmente nos temas da mineração de diamantes e homens de negócio de Diamantina e do abastecimento e estradas regionais no período 1870-1930.
– James William Goodwin. Historiador graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), é doutor em História Social pela USP. Ele agrega suas pesquisas sob o título “O Progresso em Palavras”, destacando como a imprensa mineira ajudou a moldar conceitos e práticas sobre o progresso, a técnica, a ciência e a educação.
– Américo Antunes, jornalista e coordenador do fHist. (Último Valadares)

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