Sensacional define bem o clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG disputado na tarde deste domingo (13/09), no Mineirão, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O empate em 1 a 1, gols de Willian e Carlos, teve ingredientes dignos de um filme de suspense campeão de bilheteria, já que não faltaram emoção, arrepios e muito frio na barriga. O Cruzeiro saiu na frente e, com um jogador a menos durante quase todo o segundo tempo, segurou o resultado até os 43 minutos da etapa final, quando sofreu o empate.
A Raposa ainda teve a bola do jogo, num pênalti mal marcado por Leandro Vuaden aos 46, uma vez que Jemerson derrubou Willian fora do área – Victor, que falhara no gol celeste, se redimiu ao defender cobrança do próprio Willian. E não foi o único lance polêmico do duelo. Aos 13 do primeiro tempo, a bola bateu no braço de Leonardo Silva após cabeçada de Manoel. Os jogadores celestes pediram penalidade máxima, mas o árbitro mandou seguir.
O resultado mantém o Atlético-MG na vice-liderança do Brasileirão, com 49 pontos, cinco a menos que o Corinthians. O Cruzeiro é o 14º colocado, com 29 pontos, dois a mais que o Coritiba, primeiro time do Z-4. Na próxima rodada, o Cruzeiro recebe o Vasco, no Mineirão, enquanto o Atlético-MG enfrenta o Santos, na Vila Belmiro. Os dois jogos serão às 22h (de Brasília) de quarta-feira. Clique aqui e confira a classificação e a tabela completa.
Equilíbrio
O clássico começou nervoso e com os dois times muito cautelosos em campo. O Cruzeiro veio com postura um pouco mais ofensiva, e o Atlético-MG ficou postado no campo de defesa, esperando o rival. Este panorama, porém, durou apenas 10 minutos, quando o time alvinegro passou a adiantar as linhas e equilibrado. Isso no que diz respeito ao domínio territorial, porque as chances reais de gol foram escassas. O placar poderia ter sido movimentado aos 13. Depois do cruzamento de Marquinhos para a área, Manoel cabeceou, e a bola bateu no braço de Leonardo Silva. Os jogadores da Raposa pediram pênalti, mas Leandro Vuaden mandou o lance seguir.
Entre os 25 e os 35 minutos, o Galo teve mais posse de bola. O posicionamento retraído do arquirrival, no entanto, não significou espaços livres, e o Atlético-MG pouco finalizou. Depois disso, as ações se equilibraram novamente. Como as defesas seguiam levando vantagem sobre os ataques, o primeiro ficou com cara de 0 a 0 até os 37. A zaga atleticana cochilou. Willian se antecipou ao lance e bateu para o gol. A bola saiu fraca, mas o goleiro Victor aceitou – a bola passou por enter as suas pernas.
Emoção até o fim
Atrás no placar, o Atlético-MG voltou com mudanças para o segundo tempo. A primeira foi a saída de Patric para a entrada de Carlos. A segunda foi de atitude. Mais ofensivo, o time fez uma verdadeira blitz, com muitos chutes a gol e cruzamentos na área. A expulsão do lateral Mena aos seis minutos intensificou ainda mais a pressão alvinegra, mas o Cruzeiro passou a ter muitos espaços para contra-atacar. O meia Alisson, por muito pouco, não faz o segundo gol azul.
A partida se tornou imprevisível. O Atlético-MG continuou atacando com todas as suas. Leonardo Silva aparecia infiltrado entre os zagueiros como se um atacante, e o bicampeão brasileiro se defendia como podia. Inclusive, com o apoio da torcida, que cantou ininterruptamente dos 20 minutos até o fim. E de tanto tentar o Galo chegou ao empate. Aos 43 minutos, o jovem Carlos aproveitou escanteio de Dátolo e cabeceou para vencer Fábio.
Quando as emoções do jogo pareciam ter se encerrado, o Cruzeiro teve um pênalti mal marcado aos 45 minutos. Willian, que havia sofrido falta de Jemerson fora da área, cobrou para a defesa de Victor. Na sequência, Fábio impediu a virada do Galo ao parar as tentativas de Giovanni Augusto e Leonardo Silva.
Fotos do jogo
(Fotos: Flickr do Atlético e Fred Magno/Light Press/Cruzeiro – Fonte: Globo Esporte)