Vídeo mostra como assassina roubou bebê da barriga da mãe em Ponte Nova

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Um vídeo divulgado pela Polícia Civil (PC) mostra como Gilmária Silva Patrocínio, de 33 anos, roubou um bebê da barriga da gestante Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos. Na gravação de 4 minutos e 55 segundos, a mulher mostra como golpeou a vítima e retirou o bebê do ventre usando uma lâmina de barbear. (Veja o vídeo abaixo):

Indiciada por quatro crimes

A Polícia Civil, por meio da 5ª Delegacia Regional de Ponte Nova e da Delegacia de Homicídios da cidade, concluiu, nesta segunda-feira (27/07), o inquérito que apurou o desaparecimento e morte da grávida Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos. A delegada regional da cidade, Iara Gomes, e o delegado de homicídios, Silvério Rocha, responsável pelo inquérito, divulgaram detalhes da investigação apontando que a doméstica Gilmária Silva Patrocínio, de 33 anos, não só matou, como sequestrou o bebê ainda no ventre da mãe.

Após a descoberta do corpo de Patrícia, no dia 30 de junho, e da confissão da suspeita, 24 horas depois, os passos seguintes da investigação foram para confirmar se a suspeita realmente agiu sozinha. Além de imagens de vídeo, a Polícia Civil valeu-se de dois bonecos utilizados no curso de medicina de uma faculdade da cidade para confirmar a versão de Gilmária, que agiu sozinha depois de ter simulado uma gravidez para enganar o marido.

Presa desde o dia 30 de junho no Complexo Penitenciário de Ponte Nova, a doméstica foi indiciada pelos crimes de homicídio, qualificado por motivo torpe, meio cruel e dissimulação; ocultação de cadáver; dar parto alheio como próprio; e subtração de incapaz. Somadas as penas, Gilmária pode pegar até 45 anos de prisão.

O crime bárbaro foi no dia 26 de junho, quando Patrícia, grávida de aproximadamente nove meses, saiu de casa no bairro São Pedro, em Ponte Nova, e foi ao Hospital Nossa Senhora das Dores para uma consulta de rotina. A partir daí não foi mais vista. A investigação começou logo que a Polícia foi notificada do desaparecimento.

De posse de imagens de circuito de segurança do hospital e de uma farmácia próxima, que registraram Patrícia entrando e saindo da unidade de saúde e se deslocando em direção à praça central da cidade, os investigadores procuraram reconstituir os passos da mulher. Eles identificaram, junto à empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade, que Patrícia utilizou o cartão de vale-transporte do companheiro, ao entrar em um ônibus em direção ao bairro Vale Verde. Testemunhas informaram à polícia que viram a grávida em companhia de uma mulher baixa, obesa e de cabelos crespos, indo em direção à Fazenda da Estiva. A mulher era Gilmária.

No mesmo dia, foi noticiado que Gilmária havia tido um parto natural em casa, sendo socorrida, depois, pelos Bombeiros, que encaminharam a mãe e a criança ao hospital. Ela ficou internada por dois dias. A criança foi registrada com o nome de João Vítor Patrocínio da Silva.

No dia 30 de junho, uma equipe do Corpo de Bombeiros localizou o corpo de Patrícia em uma construção abandonada entre o bairro Vale Verde e a Fazenda Estiva. O corpo estava sob uma caixa d’água, com as mãos e pés amarrados, a boca amordaçada, uma lesão no pescoço e uma incisão no abdômen semelhante a uma cirurgia cesariana, sem a criança.

Após o descobrimento do corpo, a mulher deu entrada novamente no hospital, em decorrência de uma crise de hipertensão. Ao passar por exames, a equipe médica constatou que ela não apresentava sinais de gravidez recente, fato que foi reportado à Polícia Civil. De imediato, a criança foi retirada da guarda de Gilmária e do esposo, ficando sob responsabilidade do Conselho Tutelar.

Na delegacia, a doméstica fez relatos contraditórios. Como todas as versões apresentadas por ela foram checadas e não se confirmaram, momento que confessou os crimes, alegando que simulou a gravidez para o marido, que atraiu Patrícia com a promessa de doar enxoval para o bebê e, então, pode executá-la.

O delegado Silvério Rocha relatou que o corpo de Patrícia foi encontrado no dia 30 e em apenas 24 horas o caso foi esclarecido graças ao esforço da equipe policial e à colaboração de várias pessoas da cidade. Agora, o filho de Patrícia está sob a guarda dos avós maternos. O delegado já solicitou à Justiça a soltura de um homem investigado como suspeito de envolvimento no caso. Herli Custódio Marçal, de 48 anos, não teve participação nos crimes e deverá ser liberado pela Justiça nos próximos dias.

(Fonte: Polícia Civil de Minas Gerais)

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