Estado reforça ações de combate a dengue em todos os 853 municípios

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Uberlândia tem a situação mais preocupante e ganhará duas unidades de hidratação. Demais cidades com alto risco de transmissão estão sendo acompanhadas pela a SES

O Estado está em alerta para evitar que os casos de dengue se alastrem entre a população. O foco das ações da Secretaria de Estado de Saúde (SES) para este ano é a eliminação dos depósitos de larvas que, na maioria das vezes, estão dentro das casas e imóveis particulares, problema agravado com o armazenamento incorreto de água de chuva.

Até o momento, as ações têm surtido efeito. Nos primeiros quatro meses de 2015 foram registrados 21.966 casos confirmados de dengue, número 36,5% menor que no mesmo período do ano passado. Mas o número de mortos aumentou de 10 para 12 no mesmo período.

Nas 59 cidades que registraram alta transmissão da doença neste quadrimestre, há ações emergenciais, como a aplicação do Ultra Baixo Volume(UBV), conhecido como fumacê, feito pelos agentes sanitários ou por veículos.

A cinco regiões mais afetadas em quantidade de municípios em alto risco de transmissão são Triângulo (16 cidades), Sul (10 cidades), Centro-oeste (12 cidades), Região Metropolitana da BH (cinco cidades) e Noroeste (duas cidades).

Segundo a coordenadora do programa estadual de controle da dengue, Geane Andrade, a cidade de Uberlândia é a única que, neste momento, exige ampliação do atendimento. Por isso, será beneficiada ainda com a implantação de duas unidades de hidratação. Elas funcionarão em salas das unidades de saúde já existentes. A SES enviará os equipamentos e insumos como suportes de soros, soros, cadeiras e macas para a melhor acomodação dos pacientes.

A secretaria reforçou, ainda, as quatro ações de enfrentamento nos 853 municípios:

– Vigilância epidemiológica – Análise de amostras, compilação de dados e planejamentos de ações específicas em cima do mapeamento da doença;

– Controle de vetores – Visita às casas, aplicação de larvicidas e orientação sobre os cuidados para evitar a doença;

– Mobilização – Campanhas estaduais e ações de controle da doença que integrem a comunidade;

– Assistência aos pacientes – Treinamento de pessoal para atendimento específico, avaliação de repasse de recursos extras em cidades com situação delicada.

Ainda de acordo com Geane Andrade, a situação de Minas está sob controle “Estamos em alerta porque é nossa tarefa não deixar que a dengue se alastre. Mas, Minas está hoje com uma situação controlada. Com o reforço das ações e especialmente o envolvimento da comunidade no combate a doença, venceremos o mosquito”, alerta.

Veja cuidados simples que evitam a transmissão:

– Manter a casa limpa sem água parada para evitar os possíveis criadouros: nada de manter pratinhos de plantas com água, garrafas pet ou qualquer objeto que facilite o acúmulo de água;

– Cuidados extras para reservatórios de água: caixas de água devem estar bem tampadas e vedadas. Se optar em armazenar água das chuvas, é importante  que tampe bem os recipientes;

– Usar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos;

– Uso de mosquiteiros em cima das camas para bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

Sobre a dengue:

A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Quando o vírus da dengue infecta o mosquito e após um período de oito a doze dias de incubação, pode ser transmitido para outras pessoas. O mosquito permanece infectado por toda a vida (6 a 8 semanas).O período de incubação no homem varia de quatro a 10 dias, sendo em média de cinco a seis dias. Após este período surgem os sintomas da doença.

Sintomas:

– Febre alta (39° a 40°C) de início abrupto que geralmente dura de 2 a 7 dias;

– Dor de cabeça, dores no corpo e articulações;

– Fraqueza;

– Dor atrás dos olhos;

– Manchas e coceira na pele;

– Náuseas e vômitos são comuns;

– A forma grave da doença inclui: dor abdominal intensa e hemorragia

Tratamento:

– Procurar o serviço de saúde mais próximo, fazer repouso e ingerir bastante líquido, especialmente água;

– Retornar ao serviço de saúde para ser reavaliado.

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