Márcio Martins de Oliveira foi demitido pelo Presidente da Casa. Ele era lotado na segunda vice-presidência da Câmara.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou a exoneração do servidor da Casa que soltou ratos nesta quinta-feira, no plenário da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. O tumulto ocorreu antes do depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. A informação foi dada no plenário pelo presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB).
“O presidente [da Câmara, Eduardo Cunha] já demitiu sumariamente o servidor que causou o problema no início de nossa reunião. O servidor está demitido, e será punido na forma da lei. Vamos cobrar que providências sejam tomadas”, disse Motta.
Segundo o presidente da CPI, o servidor comissionado Márcio Martins de Oliveira era lotado na segunda vice-presidência da Câmara, controlada pelo deputado Fernando Giacobo (PR-RR).
Os ratos foram soltos no plenário logo após a chegada de Vaccari na CPI. Após o incidente, o relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que o episódio foi uma “ação encomendada” e um “circo armado” que depõe contra o Parlamento brasileiro.
Ratos foram soltos no plenário da CPI da Petrobras (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
João Vaccari Neto
O tesoureiro é suspeito de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, afirmaram que Vaccari intermediou doações de propina em contratos com fornecedores da Petrobras. O dinheiro seria usado para financiar campanhas políticas.
Segundo a denúncia apresentada à Justiça Federal pelo Ministério Público Federal, no Paraná, Vaccari participou de reuniões com o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque nas quais eram acertados os valores de propina que seriam transferidos ao PT como doações legais.
O tesoureiro do PT nega as acusações e diz que todas as doações foram feitas de forma legal, registradas no Tribunal Superior Eleitoral. (Agência Brasil)