Casal espanhol visita Minas Gerais após viajar quase 20 mil quilômetros de bicicleta pelo continente

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Moisés Martín Perez e Anna Cumind Mollera estão há quatro na estrada e já passaram por Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina, Chile, Uruguai e Brasil

Sem destino, sem planos, sem preocupação. Cansados da rotina da vida, os espanhóis Moisés Martín Perez e Anna Cumind Mollera resolveram largar tudo e sair pelo mundo. Queriam conhecer os Andes, a América do Sul, o Brasil. Nessa aventura, nada de avião, trem, ônibus ou outro meio de transporte convencional. Há quatro anos o único veículo que eles usam é a bicicleta.

Moisés e Anna alugaram a casa onde viviam na Espanha, vieram para o Equador, compraram bikes reforçadas e pegaram a estrada. O ano era 2011. Pedalaram pelo Peru, Bolívia, Paraguai, Chile até Ushuaia, no extremo sul da Argentina. Quando a estrada acabou, os viajantes voltaram pelo Uruguai e chegaram ao Brasil, onde percorreram os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

No dia 19 de fevereiro, o casal chegou a Morro do Pilar. A caminho da Serra do Cipó, os aventureiros contaram sobre a aventura. “Não tem destino. Não sabemos aonde vamos chegar”, afirmou Moisés Perez. Antes de largar sua vida confortável no velho continente, ele era motorista de caminhão.

Moisés e Anna alugaram a casa onde viviam na Espanha e caíram na estrada – Foto: DeFato

Anna Mollera, ex-monitora de educação ambiental, disse que viajar sempre foi seu sonho. “Desde criança eu falava para os meus pais que queria conhecer a Amazônia, os Andes. Não gostava de trabalhar a semana inteira e ter dois dias de folga. Trabalhar um ano para depois ter um mês de férias”, afirma.

Na carrocinha adaptada à bicicleta eles levam de tudo: barraca, comida, água, artesanato, malabares e até um facão. “É a nossa morada”, diz Moisés. Desde o Equador, mais de 20 mil quilômetros foram percorridos. Durante esse tempo, o casal passou por alguns perrengues, quando, por exemplo, a bicicleta quebra. Mas nada que impeça a viagem. Dentro da bagagem também vão reparos, chaves e outras ferramentas que são úteis ao conserto.

Em Morro do Pilar, os espanhóis ficaram acampados em um dos balneários da cidade. É assim que eles passam as noites nos municípios pequenos e tranquilos. Em cidades grandes, como São Paulo e Rio de Janeiro, geralmente pedem abrigo em algum posto de combustível ou instituição pública por causa dos riscos. E assim, com o dinheiro do aluguel da casa na Espanha, eles vão comprando comida e conhecendo lugares. “Nossa viagem pode terminar daqui a quatro, 20, 30 anos. Não sabemos”, dizem. (DeFato)

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