Menino se acidentou enquanto brincava em uma rede, em Prudente de Morais, e foi transportado em estado grave pela Esquadrilha Arcanjo da corporação.
Nesta terça-feira (3), em Belo Horizonte, o Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais foi palco de um encontro especial: o garoto de 12 anos, Paulo Ricardo Campos, e a equipe responsável por seu salvamento, em Prudente de Morais, na região central do estado, em acidente ocorrido no penúltimo dia de 2014.
Encontro ocorreu no Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros – Foto: Divulgação/CBMMG
Depois de prender o pescoço acidentalmente entre as cordas de uma rede, o menino foi transportado em estado grave pelo helicóptero Arcanjo 3 para o Hospital João XXIII, na capital mineira. Com o apoio e sucesso da ação dos Bombeiros, o dia 30 de dezembro de 2014 agora pode ser lembrado pela família Campos como a segunda data de nascimento de Paulo Ricardo.
Agora recuperado, o adolescente, que esteve desacordado e não se lembrava do ocorrido no acidente, fez questão de conhecer a equipe que ajudou em seu salvamento. Acompanhado pelos pais, irmãos e outros familiares, Paulo entregou aos novos amigos uma carta escrita por ele, contando toda a história. “O que eles fizeram por mim eu não posso pagar. Só Deus. Passei a admirá-los ainda mais!”, declarou no reencontro.
O helicóptero que salvou o jovem faz parte da Esquadrilha Arcanjo, formada por três helicópteros e um avião. Além de dois modelos Esquilo, o Batalhão conta com o reforço de um EC-145, o Arcanjo 04, modelo birturbina, capaz de transportar dois pilotos, nove tripulantes e duas vítimas e ainda possibilita que o médico e o enfermeiro realizem manobras nos pacientes.
Resgate
Devido à existência de um convênio entre o Corpo de Bombeiros e o Samu-BH, as duas equipes puderam permanecer prontas para o atendimento, reduzindo o tempo de chegada até a ocorrência. Por essa razão, uma completa equipe pôde atuar no atendimento ao jovem.
O garoto de 12 anos conheceu a equipe responsável por seu salvamento – Foto: Divulgação/CBMMG
A bordo do helicóptero na ocasião do acidente estavam os capitães Penido e Nelson, comandantes da aeronave, o sargento Freitas, observador aéreo, o médico Bruno Vergara e o enfermeiro Tiago Silva, do Samu-BH. Em terra, o suporte foi dado pelo cabo Moisés, o subtenente Nascimento e o soldado Marcelo. Segundo o médico Bruno Vergara, o estado de saúde do garoto era realmente preocupante. “Ficamos em dúvida se ele teria condições de transporte, mas não tínhamos outra opção”, conta.
O voo salvador durou apenas 15 minutos, mas tempo precioso para que mais uma vida fosse preservada e o garoto não tivesse sequelas. Em situações como essa, como informa o Corpo de Bombeiros, o transporte aéreo representa uma garantia de vida para a criança.
Assim que pousou no heliponto do Hospital João XXIII, o menino foi recebido pela equipe multidisciplinar de atendimento ao trauma, que assumiu o tratamento. Hoje, o garoto está bem e sem sequelas. “Quero que minha história sirva de exemplo pra outras mães e crianças”, alertou o menino. Paulo Ricardo, inclusive, registrou sua história em um caderno que reúne alguns depoimentos de vítimas que, assim como ele, foram socorridas nos helicópteros.
O acidente
Paulo brincava em uma rede colocada na varanda quando se acidentou. O irmão mais novo pediu socorro ao tio Eduardo César, que iniciou manobras de reanimação. Com a chegada de outros parentes, a criança foi levada para o hospital local e, em seguida, para o Samu de Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte. Foi de lá que partiu o acionamento da Esquadrilha Arcanjo.
Felizes com o desfecho da situação, os pais de Paulo, os comerciantes Gestal e Vanilda, não tinham palavras para agradecer a equipe do Corpo de Bombeiros. “O carinho, a dedicação e a preocupação da equipe nos acalmaram. Não é à toa que o helicóptero se chama Arcanjo, porque dentro dele há verdadeiros anjos”, contou Vanilda. (Agência Minas)