Municípios do semiárido mineiro serão contemplados com novas tecnologias de acesso à água

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Novos convênios e metas foram firmados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para ampliar a construção de cisternas em Minas e na Bahia

Cidades de Minas Gerais que compõem o semiárido brasileiro vão receber novos investimentos em construção de cisternas. A informação vem do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que assinou novos convênios e ampliou metas diretamente com consórcios que trabalham pelo avanço da tecnologia de acesso à água.

Cisternas vão garantir água para a produção da agricultura familiar – Foto: Divulgação/Sedinor

Em Minas, o Ministério vai investir mais de R$ 24,3 milhões (em duas parcelas, ainda não repassadas) no Consórcio Intermunicipal Norte Mineiro e Desenvolvimento dos Vales do Carinhanha, Cochá, Peruaçu, Japoré e São Francisco/MG. Nesta ação, sete municípios da área mineira da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e região do semiárido no extremo Norte de Minas Gerais serão contemplados: Bonito de Minas, Chapada Gaúcha, Cônego Marinho, Januária, Juvenília, Miravânia e Montalvânia.

A assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informa que, especificamente para este consórcio, foram contratadas mais 2.250 tecnologias, sendo 1.850 de acesso à água para a produção de alimentos (650 cisternas calçadão, 200 barragens subterrâneas e 1.000 barreiros trincheira) e 400 cisternas escolares de 52.000 litros. As novas construções somam-se às que já estavam em execução na primeira etapa, com meta de 1.288 tecnologias de acesso à água para a produção de alimentos (811 já implementadas).

Para Minas Gerais, a previsão de entrega em 2015 é para o seguinte conjunto de ações (metas contratadas e ainda não entregues):

(Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome)

A expectativa é a de que as famílias do semiárido que enfrentam o problema da seca possam, por meio do programa Cisternas, superar a estiagem com água apta ao consumo.

Ação nacional

Além de Minas Gerais, a construção de Cisternas no semiárido, por meio dos novos convênios, será estendida a uma parte do estado da Bahia. Ao todo, 56 municípios serão beneficiados, com investimento total superior a R$ 143 milhões.

A proposta é democratizar o acesso à água para o consumo das famílias, nas escolas rurais e para a produção de alimentos (agricultura familiar). Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a meta é a construção de 16.781 cisternas de placas de 16.000 litros, 8.086 tecnologias para a produção de alimentos e 810 cisternas escolares.

Até o final de 2014, mais de um milhão de cisternas foram construídas em toda a região semiárida, com benefício direto a pelo menos um milhão de famílias, conforme dados da diretoria de Fomento à Produção do Ministério.

Tecnologias sociais

As cisternas fazem parte das tecnologias de acesso à água, que têm por base a captação da água da chuva feita junto à residência. Nos convênios anunciados, segundo a diretoria de Fomento à Produção, duas modalidades estão previstas: a cisterna de 16.000 litros, para consumo humano; e a cisterna de segunda água (captação para produção), que pode captar até 52.000 litros de água para produção da agricultura familiar.

Além das cisternas, há também os barreiros trincheiras e barragens subterrâneas, tecnologias utilizadas para a captação e armazenamento de água para a produção de alimentos e a criação animal.

Convênio com o Estado

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) tem também um convênio formalizado com o estado de Minas Gerais, por intermédio do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene). O valor global é de R$ 52,9 milhões para a implementação de 9.661 cisternas de placas de 16.000 litros, 502 cisternas calçadão e 1.736 pequenas barragens. (Agência Minas)

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