Universidade mineira desenvolve nova variedade de pequi sem espinho

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Cultivo começou há mais de 10 anos e foi tema de doutorado. Fruto possui 35 vezes mais poupa e não teve o seu sabor alterado.

Um fruto típico do cerrado e apreciado por muitos, tem uma nova variedade. O pequi sem espinhos é resultado de um trabalho desenvolvido na fazenda Água Limpa, campo experimental da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Os resultados podem, no futuro, representar para os apreciadores o fim dos espinhos e para os restaurantes uma opção diferenciada no cardápio. São cerca de dez plantas cultivadas na fazenda e a produção garante um fruto carnudo e saboroso.

Cultivo começou há mais de 10 anos e foi tema de doutorado – Foto: Milton Santos/Divulgação UFU

De acordo com o técnico em agropecuária da UFU, Francisco Raimundo, o “novo” pequi tem 35 vezes mais poupa que um único fruto do cerrado. Segundo ele, o fato de não ter espinhos, não muda o gosto. “Ele pode ser consumido in natura. A poupa é macia, adocicada e de cheiro mais agradável”, disse.

Francisco contou que o cultivo já foi tema de doutorado e deu detalhes da pesquisa que começou há 12 anos. O alimento foi encontrado no Parque Indígena do Xingu, em São José do Xingu, no Mato Grosso. Foi então que pesquisadores da UFU se empenharam em levar o fruto para o Triângulo Mineiro. “O pequi que estamos colhendo é fruto de um enxerto de um material trazido da planta do Xingu. Nós trouxemos, enxertamos e plantamos o material aqui”, disse.

Entusiasmado com a produção do pequizeiro, o técnico acrescentou que, além de dar frutos sem espinho, ele também é rentável. Como ponto negativo, ele pontuou a dificuldade de produzir mais mudas para atender a população, já que a semente do pequi demora para germinar. “E um trabalho melindroso. Depois de colhidos os frutos eles tem que ser levados para o laboratório e despolpados para plantio. Uma semente, depois de plantada, pode levar de um a dez meses para germinar”, afirmou.

Cultivo começou há mais de 10 anos e foi tema de doutorado – Foto: Milton Santos/Divulgação UFU

Cultivo começou há mais de 10 anos e foi tema de doutorado – Foto: Milton Santos/Divulgação UFU

Cultivo começou há mais de 10 anos e foi tema de doutorado – Foto: Milton Santos/Divulgação UFU

Cultivo começou há mais de 10 anos e foi tema de doutorado – Foto: Milton Santos/Divulgação UFU

Cultivo começou há mais de 10 anos e foi tema de doutorado – Foto: Milton Santos/Divulgação UFU

(TV Integração)

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