A descoberta do mensalão tucano completa 10 anos em junho de 2015 e ainda não tem definição. Enquanto o julgamento do mensalão do PT já foi concluído, o do PSDB de Minas se arrasta.
De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, o mensalão tucano envolveu desvios de R$ 3,5 milhões de empresas públicas de Minas, usados na campanha eleitoral de Azeredo, que tentava se reeleger governador em 1998.
Somente em 2015 o processo do então governador Eduardo Azeredo, que desde março de 2014 está pronto para ir a julgamento, deverá ser analisado pela primeira instância da Justiça mineira. A data, no entanto, não foi marcada ainda.
Azeredo renunciou ao mandato de deputado federal e perdeu o foro privilegiado. O Supremo Tribunal Federal (STF), então, encaminhou o processo para a primeira instância.
Apesar de a renúncia ter ocorrido em março, somente no dia 4 de dezembro a ação penal chegou à 9ª Vara Criminal, em Belo Horizonte, onde já tramita outro processo, esse com oito réus.
Essa outra ação tinha dez réus, mas a morosidade da Justiça permitiu que o crime prescrevesse para dois deles, que completaram 70 anos. Os favorecidos foram o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e o tesoureiro da campanha de Azeredo, Cláudio Mourão.
O processo ainda se arrasta e nenhum réu foi nem sequer ouvido. A última audiência do ano não aconteceu porque os advogados de defesa não foram notificados do depoimento com a última testemunha de defesa, justamente do réu José Afonso Bicalho. A audiência foi remarcada para 21 de janeiro.
Há ainda um terceiro processo, que envolve o ex-senador Clésio Andrade (PMDB). Ele também renunciou ao mandato, o que levou o processo para a primeira instância.
Dinheiro desviado foi usado na campanha eleitoral de Eduardo Azeredo, que tentava se reeleger governador em 1998 – Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
(Rádio Itatiaia)