Casal disse ter sofrido negligência dos funcionários da unidade de saúde
A família da recém-nascida Sophia Alicia Vitória Ângelo Patrocínio, que está em coma no Hospital Risoleta Tolentino Neves desde o dia 8 de novembro, irá entrar na Justiça contra a unidade de saúde alegando negligência. José Rodrigo Patrocínio, de 32 anos, teve que fazer o parto da mulher Rosana Lúcia da Cruz, de 30 anos, dentro do hospital, porque ela não teve atendimento.
Segundo o casal, a menina teve um edema cerebral e não esboçou reações a diversos estímulos desde que nasceu. A mãe não saiu do hospital desde então, com medo de perder qualquer mudança que possa acontecer. Ela conta que os médicos levantam a hipótese da bebê ter morte cerebral. “Se ela não reagir a estímulo nenhum, vão fazer exames na cabecinha dela para ver se tem algum movimento no cérebro.”, conta a mãe.
Ainda conforme os pais, os médicos irão esperar cerca de dez dias para fazer os exames. Patrocínio conta que tem recebido apoio de diversas pessoas. Apesar de triste e preocupado com a situação da filha, ele mantém a esperança. “Estão colocando o leite pela sonda mas ela não aceita. Meia hora depois ela solta tudo. Mesmo assim, a minha fé de que a minha menina vai sair daquela cama é muito forte.”
O que diz o hospital?
Em nota, a assessoria de imprensa do Hospital Risoleta Neves informou que, como não havia vagas no Bloco Obstétrico, a paciente foi acompanhada na Sala de Observação da Admissão. Às 6h40, o plantonista foi informado que uma vaga no Hospital Sofia Feldman seria disponibilizada para Rosana. No entanto, às 7h, ela evoluiu para o parto e foi assistida pela enfermeira obstetra.
Ainda segundo a instituição, no nascimento, houve atendimento ao bebê entre o primeiro e segundo minuto de vida. A recém-nascida estava deprimida, com o cordão umbilical enrolado no pescoço, e em parada cardíaca. A médica fez as manobras de reanimação e a criança foi encaminhada para a Unidade Neonatal. (R7)