A falta de vacina antirrábica em Minas levou a Secretaria de Estado da Saúde (SES) a adiar a campanha de vacinação de cães e gatos, prevista para ocorrer em setembro e outubro. Segundo a SES, o Ministério da Saúde ainda não entregou o lote destinado ao Estado, onde o estoque da vacina está muito baixo.
A vacina antirrábica é fornecida de forma gratuita para imunizar os animais contra a raiva. A doença pode demorar até dez dias para se manifestar no animal infectado. “A vacina serve como uma espécie de barreira imunológica e evita a disseminação do vírus nos animais, o que reduz o risco de contágio em humanos”, explicou a técnica do Programa Estadual de Controle da Raiva Humana, Ludmila Ferraz de Santana.
Em humanos, a doença é transmitida pela saliva infectada do animal, que entra no corpo por meio de uma mordida ou de uma ferida na pele.
falta de vacina antirrábica provocou o adiamento – Foto: Reprodução
Segundo dados da SES, há dois anos Minas não registra casos de raiva em humanos, cães e gatos. O último registro da doença foi em 2012, em Uberaba. Na época, um vírus foi detectado num cão.
Por causa da falta do medicamento, a SES enviou a todos os municípios uma recomendação de suspensão da campanha. A nota também orienta que os municípios que tiverem estoque da vacina a utilizarem apenas nos casos confirmados de raiva. As ocorrências deverão ser comunicadas dentro de 24h. Além disso, um bloqueio deverá ser adotado imediatamente na área de risco.
O comunicado pede ainda um reforço na vigilância da doença e um monitoramento viral com amostras de 0,2% da população canina da cidade. “Essas ações não se resumem apenas às vacinas, mas também ao cuidado com a saúde do animal e a higiene no local onde vive”, disse Ludmila Ferraz.
Entre os principais sintomas da raiva canina estão a agressividade do animal, salivação excessiva, paralisia e mudanças de comportamento.
O Ministério da Saúde informou que o atraso na distribuição ocorreu porque os fornecedores da vacina antirrábica canina teriam mudado o cronograma de entrega. Os estoques existentes da União serão entregues conforme prioridade dos casos e de acordo com o risco iminente de propagação da doença, bem como nas cidades de difícil acesso. A expectativa é de que o produto seja entregue ao governo de Minas em novembro. As informações são do Portal Hoje em Dia.