Fiéis contam histórias de milagres atribuídos à Padroeira do Brasil
Milhões de pessoas visitam anualmente o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida com a intenção de agradecer e pedir graças. Na Sala das Promessas, ou dos Milagres como é conhecida, uma exposição abriga objetos que simbolizam graças recebidas. No local é possível ver peças de cera simbolizando parte do corpo que teriam sido curadas através da intercessão da padroeira do Brasil, são ainda mais de mais de 70 mil fotos espalhadas pelas paredes da sala.
Ronaldo Nazário, ex-jogador da Seleção Brasileira, esteve na sala em 2002 após ser vencedor da Copa do Mundo e deixou uma camisa. São cerca de 19 mil objetos entregues na Sala mensalmente, em outubro, mês de Nossa Senhora Aparecida, são cerca de 30 mil.
Romeiros acendem velas no Santuário Nacional de Aparecida (Foto: Reprodução / Inter TV)
Em todos os cantos do Santuário é possível perceber a manifestação dos milagres. Zilma Ribeiro, romeira de Montes Claros, Norte de Minas Gerais, veio agradecer a intercessão da Virgem Maria pela saúde de uma neta. “Estou indo para agradecer pela vida da minha neta, que tem 9 meses e nasceu com um problemas de saúde. Pedi a Nossa Senhora Aparecida que intercedesse por ela. Nossa Senhora é mãe e intercedeu pela gente.”, conta.
Um Acidente Vascular Cerebral colocou a romeira Ivete Deivis Alves, também de Montes Claros, entre a vida e a morte. Para ela, sua vida é um milagre, um milagre de Aparecida. “Você está vendo essa pessoa em pé? Essa pessoa não estava de pé. Eu fui colocada nos braços de Nossa Senhora Aparecida quando tive meu primeiro AVC e me deram como morta. Hoje eu estou aqui, graças a Ela. Vou ao Santuário para agradecer esse milagre”, afirma.
Desde 1748 milagres atribuídos a Nossa Senhora Aparecida são relatados. Na época, Padre Francisco Silveira relatou em uma crônica alguns deles, como o milagre das velas e ainda, o milagre do escravo Zacarias, que ao rezar aos pés da imagem, se soltou das correntes que prendiam suas mãos e braços.
Terezinha Magalhães, de 83 anos, visita Aparecida há muitos anos e foi a fé na santa que a fez pedir intercessão pelo neto que tinha uma doença que comprometia o movimento das pernas. “Fiz uma promessa para pedir a Nossa Senhora que curasse meu neto. Prometi que, se ele ficasse bom, o levaria em Aparecida para agradecer. Ele ficou bom e eu o trouxe. Se eu já era devota de Nossa Senhora antes desse milagre, hoje sou muito mais”, diz.
E foi um milagre que levou Karla Patrícia Ferreira pela primeira vez a Nossa Senhora. A jovem é viúva e viaja o Santuário com a filha. “Viemos para agradecer a Nossa Senhora por um milagre. Quando fiquei viúva minha filha teve uma falha cérebro e eu logo pedi a ela que nos concedesse o milagre. Hoje minha filha está aqui, saudável. Quero ir pessoalmente agradecê-la”, ressalta.
Para a professora Elza Mendes, ser romeiro é preparar o coração para viver o manifesto da fé. “É viver as dimensões concretas que envolvem a viagem. É ter disposição humana e física para viver a espiritualidade. Dentro do Santuário os sentimentos se misturam. Aqui não falta espaço, o nosso lugar está sempre guardado como na casa de uma mãe. Na igreja, além da paz, há a certeza de que ser romeiro é antecipar as alegrias de outras viagens”, finaliza.
Santuário Nacional de Aparecida recebe romarias de todo o Brasil (Foto: Maria Fernanda Ruas/G1)
(Inter TV Grande Minas)