Expedição percorreu dez cidades às margens do Rio São Francisco. Especialista afirma que é preciso revitalizar os afluentes do rio.
“O cenário de seca no Rio São Francisco é assustador”. A afirmação é de Geraldo Humberto, um dos organizadores da Expedição Vidas Áridas no Velho Chico. O grupo formado por jornalistas, estudantes e especialistas ambientais, percorreu as margens do Velho Chico por 14 dias.
“O que vi e vivi nestes dias vai ficar para sempre gravado em minha memória. A situação do rio está pior que imaginamos. Em todos os lugares, a imagem de seca é muito forte”, afirma o expedicionário.
Ponte Marechal Hermes, entre Pirapora e Buritizeiro (Foto: Geraldo Humberto/Inter TV)
Dez cidades foram visitadas pela expedição. De acordo com Geraldo Humberto, “a morte (de animais, vegetação e do próprio rio) está extremamente ligada onde deveria existir a vida. Percebemos que exite poucas políticas públicas em prol da revitalização do Rio São Francisco”, lamenta.
O Ambientalista Sóter Magno acompanhou a Expedição. Segundo ele tudo que foi encontrado às margens do rio devem ser repassadas por meio de relatórios. “Encontramos surpresas boas, mas encontramos também muitas surpresas desagradáveis. Podemos perceber que quando se fala da seca no Velho Chico, estamos falando também da seca de seus afluentes. O Rio São Francisco não existiria sem os afluentes”, explica.
Apesar da constatação negativa, o objetivo da Expedição foi alcançado. “Conscientizar é muito difícil, ma com certeza conseguimos sensibilizar órgãos públicos, moradores e pescadores quanto a real situação do Rio São Francisco”, completa Geraldo.
Barragem de Três Marias (Foto: Geraldo Humberto/Inter TV)
(Inter TV Grande Minas)