Usuários da MG-229 continuam a mercê dos riscos e perigos da estrada

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Há anos a população espera por melhorias na MG-229, estrada de terra que liga Senhora do Porto a Dom Joaquim. Os gargalhos vão desde más condições, sinalização e falta de visibilidade devido ao fluxo intenso de veículos, problemas que se intensificaram com a chegada da mineradora, que levou cerca de 8 mil trabalhadores para a região, aumentando ainda mais o trânsito na estrada.

Na tarde dessa quarta-feira (10), o caos vivido por quem precisa passar todos os dias pelo trecho de 26 km, foi relembrado pelo cabeleireiro Claudiney Seixas da Silva. Natural de Dom Joaquim, ele trabalha na cidade e todo o dia fica a mercê dos riscos e perigos da estrada.

“Minha esposa trabalha em Guanhães, eu venho e volto todos os dias para trabalhar aqui; já se vão 14 anos. Eu e tantas outras pessoas que moram em Guanhães, mas que trabalham aqui, temos que conviver com as péssimas condições da via, que agora está pior do que os outros anos”, desabafou e informou ainda que gasta 1h10 para percorrer os 26 km da estrada de terra.

O sonho antigo de ver a rodovia recuperada foi vislumbrado em março deste ano, quando foi autorizada pelo governo a abertura de procedimentos licitatórios para a construção de obras deste e de outros trechos da região.

Mas o sonho ainda não saiu do papel. De acordo com o secretário de obras de Dom Joaquim, Fábio Lúcio Pires Figueiredo, estava praticamente tudo pronto para o início das obras. “O governo chegou a fazer a licitação, faltava apenas assinar o convênio; a informação passada à prefeitura era que as obras começariam em junho/julho sem falta, mas até agora, nada foi feito”, esclareceu.

Para tentar resolver o problema, segundo o secretário, foram encaminhados pela prefeitura, desde o início do ano, alguns ofícios à Coordenadoria Regional do DER em Guanhães e apenas um foi respondido. “Há cerca de quatro meses fomos informados que iria ser feito o patrolamento da estrada. Na época, o serviço foi realizado e não demorou uma semana para tudo voltar como estava antes, em péssimas condições, devido ao intenso fluxo de carros que passam pelo trecho todo o dia”, explicou Fábio, acrescentando que recentemente outros dois ofícios foram encaminhados, porém, ainda sem retorno.

“Não temos previsão de quando essa situação será enfim resolvida, enquanto isso a prefeitura tem que arca com o alto valor nas constantes manutenções dos carros da saúde, sem falar na situação dos pacientes que são deslocados para Guanhães. Não bastam estar debilitados tem ainda que enfrentar mais de 1h em uma estrada toda esburacada”, finalizou.

(Fonte: Folha de Guanhães / Fotos: Internauta)

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