O TJMG firmou parceria com a Faculdade Arquidiocesana de Curvelo para instalação do Cejus
O 3º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Wander Marotta, inaugurou nesta sexta-feira, 5 de setembro, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejus) na comarca de Curvelo. O Cejus da comarca de Curvelo é a décima quinta unidade a ser instalada em Minas Gerais e tem como objetivo oferecer tratamento adequado aos conflitos de interesses no Poder Judiciário. É integrado pelos setores de Cidadania, Pré-Processual e Processual.
Além do 3º vice-presidente, estiveram presente ao evento, representando a Faculdade Arquidiocesana de Curvelo (FAC), que é parceira do TJMG, o arcebispo de Diamantina, Dom João Bosco Oliver de Faria, a juíza diretora do Foro da comarca, em exercício, Mariana Siani, a coordenadora do Cejus, juíza Andréia Márcia Marinho de Oliveira, a juíza diretora do Foro da comarca, Erlânia Zica e Silva Lucas Pereira, representando a Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), o juiz auxiliar da 3ª Vice-Presidência, Carlos Donizetti Ferreira da Silva, prefeito municipal de Curvelo, Maurício Soares Guimarães, entre outros.
Em solenidade concorrida, diversas autoridades de Curvelo implantaram o Cejus – Foto: TJMG/Divulgação
O desembargador Wander Marotta ressaltou que a questão do acesso à Justiça é um tema que sempre está em pauta nas discussões entre os operadores do Direito. Para o magistrado, a conciliação vem ganhando espaço na busca da resolução dos conflitos porque o cidadão quer uma resposta rápida da Justiça. “Ele quer entrar na Justiça e ter uma resposta ágil. Hoje, pelo acervo crescente, uma demanda litigiosa pode demorar anos. A opção pela conciliação que confere informalidade à discussão é a saída para solução de conflitos”.
O arcebispo Dom João Bosco Oliver de Faria disse que os conflitos são o resultado do comportamento de pessoas que não se aceitam e por consequência não aceitam o diferente. Com a adoção da conciliação, o arcebispo acredita que os corações serão amaciados e as diferenças serão acertadas. Dom João Bosco afirmou que a iniciativa da implantação do Cejus possibilita que a visão humanista do Direito se sobreponha à retórica das palavras. Daí, segundo ele, a importância de se ouvir e buscar a conciliação, via diálogo.
A juíza Mariana Siani afirmou que a instalação do Cejus na comarca de Curvelo vai inaugurar uma nova era na região na busca da paz e da solução amigável dos conflitos. “Devemos institucionalizar a cultura da conciliação”.
A coordenadora do Cejus, Andréia Márcia Marinho de Oliveira, afirmou que a busca de novas soluções para solucionar os litígios deve ser uma obstinação do Poder Judiciário. “É necessário encontrar soluções alternativas para que a sociedade cultive a paz, que predomine a gentileza e tolerância.
A juíza disse que, com essa unidade em Curvelo, busca-se uma alternativa pautada no diálogo e na cooperação entre as pessoas/partes para superação da divergências de interesse e conflito. O objetivo é chegar a um acordo e à paz social.
Os integrantes do Cejus vão trabalhar em parceria com o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Faculdade Arquidiocesana de Curvelo (FAC) que fica na rua João Pessoa, centro de Curvelo.