A partir da próxima semana, o eleitor poderá conhecer as propostas dos mais de 26 mil candidatos às eleições de outubro. Começa na próxima terça-feira (19) a propaganda partidária no rádio e na televisão. O horário eleitoral segue até o dia 2 de outubro, três dias antes da votação do primeiro turno.
Apesar de a propaganda nas ruas, com panfletos e cavaletes, por exemplo, e na internet estar liberada desde o dia 6 de julho, o horário eleitoral é a principal oportunidade de os candidatos aos cargos de deputado, senador, governador e presidente da República ganharem visibilidade para tentar conquistar o voto do eleitor.
Segundo o cientista político da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto, a propaganda eleitoral de rádio e TV é importante para que os candidatos fiquem conhecidos.
De acordo com ele, a influência costuma ser maior em um eventual segundo turno, quando os candidatos a governador ou presidente vão para o confronto final. “É difícil mensurar o efeito [dos programas partidários na campanha eleitoral]. É uma oportunidade para que os candidatos tenham visibilidade maior. Isso tem impacto”, destacou.
Na avaliação do cientista político e professor da UnB Leonardo Barreto, os candidatos que estão atrás nas pesquisas de intenção de voto devem tentar a reação na disputa nos primeiros dias de transmissão dos programas eleitorais, quando o ouvinte ou telespectador está mais atento aos programas. Apesar disso, ele não acredita em uma alteração brusca de cenário por conta do horário eleitoral. “As pessoas querem mudança, mas não querem mudar por mudar. Elas querem ser seduzidas por uma nova história. Não acredito que o tempo de TV vai mudar o cenário que está posto”, disse Barreto.
A propaganda eleitoral para os candidatos que disputam o cargo de presidente será veiculada no rádio às terças, quintas e sábados em dois horários: das 7h25 às 7h50 e das 12h25 às 12h50. Na TV, nos mesmos dias, os horários serão das 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55. Às segundas, quartas e sextas, a propaganda será destinada aos demais cargos em disputa. (Agência Brasil)