Piloto consegue pousar avião após perder prótese do braço

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Usando apenas a mão direita, comandante de voo da Flybe realizou aterrissagem brusca, mas evitou desastre

O comandante de um avião da companhia britânica Flybe conseguiu realizar uma aterrissagem com apenas uma mão, depois que a prótese de seu braço esquerdo se soltou da coluna de direção do avião em plena manobra de pouso sob ventos de 90 quilômetros por hora.

O incidente — que aconteceu em Belfast, na Irlanda do Norte, no dia 12 de fevereiro — foi revelado no boletim de agosto da Divisão de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB, na sigla em inglês) do Departamento de Transportes do Reino Unido.

Avião DCH-8 da Flybe. Piloto da companhia realizou pouso em Belfast após prótese do braço esquerda se desenganchar – Adrian Pingstone/Wikimedia Commons

O avião, um DHC 8, levava 47 passageiros e quatro tripulantes e vinha de Birmingham, e fazia uma difícil aproximação manual com o solo quando a prótese de seu braço esquerda se desenganchou da coluna de direção. Usando apenas a mão direita, o comandante conseguiu direcionar o avião e realizar uma aterrissagem brusca ainda com os motores em pleno funcionamento.

— A Flybe está orgulhosa de ser uma empresa que acredita na igualdade de oportunidades, e, como a maioria das companhias aéreas, temos funcionários com capacidades físicas reduzidas. Quando julgamos ser apropriado, e seguindo as diretrizes da Autoridade de Aviação Civil, isso inclui pilotos. — afirmou o capitão Ian Baston, responsável pelas Operações de Voo e Segurança da companhia, que assegurou que o comandante que realizou a aterrissagem é dos mais experientes da companhia. — A segurança de nossos passageiros e nossas tripulações são a prioridade número um.

Chris Yates, um analista aeronáutico independente entrevistado por jornais britânicos, considera que não há “nenhuma razão pela qual uma pessoa com este tipo de deficiência não possa pilotar um avião comercial”.

— Somente o azar explica como uma prótese se solta da coluna de direção. É um desses acidentes infelizes que acontecem de vez em quando — afirmou Yates, que garantiu que pilotos com próteses nos braços são raros na aviação, “mas não inéditos”. (O Globo)

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