A história do desaparecimento da tenente Mirian Tavares, de 42 anos, ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (17), depois que um homem, com a ajuda de dois comparsas, tentou aplicar um golpe na família da mulher pedindo R$ 5.000 para informar o seu paradeiro.
Segundo o irmão da militar, Rique Tavares, no fim da manhã um homem entrou em contato com ele por mensagem de texto informando que teria R$ 30 mil para sumir com a tenente. No entanto, o criminoso “teria se arrependido” porque “não matava militar”.
“Quando o homem pediu só R$ 5.000 desconfiei que fosse golpe. Fiz várias perguntas sobre a Mirian, mas ele não respondeu nenhuma. Liguei imediatamente para o delegado”, contou Rique.
Orientado pelo delegado da Delegacia de Referência da Pessoa Desaparecida, Thiago Saraiva, Rique continuou a manter contato com o criminoso enquanto a Polícia Civil tentava rastrear o número do aparelho telefônico. Os trabalhos dos policiais duraram quase cinco horas.
Veja a conversa:
“O delegado descobriu que o número era da cidade de Lajinha, no Leste de Minas, e avisou a polícia de lá, que prendeu a dona do celular e mais dois homens”. Ainda segundo Rique, os suspeitos, que ainda não tiveram os nomes divulgados, são conhecidos na região por vários crimes de estelionatário e ficaram sabendo do desaparecimento de Mirian pela imprensa.
“Queremos pessoas sérias, que nos deem informações para nos levar até a minha irmã. Sempre vou avisar a polícia se receber informações como as de hoje”, finalizou. A reportagem entrou em contato com o delegado Saraiva, que informou que só repassará maiores detalhes sobre as prisões nesta sexta-feira (18).
Relembre o caso
No dia 3 de maio, Mirian saiu do apartamento deixando para trás roupas, objetos pessoais e celular. A mulher pegou apenas a carteira militar e a carteira de motorista. Ela deixou uma carta no imóvel em que, segundo a irmã Beatriz Rodrigues Tavares, escreveu que estava muito triste, mas não sabia o motivo. “Pensamos que ela pegaria a estrada para espairecer, como estava acostumada a fazer algumas vezes, e voltaria para casa, mas isso não aconteceu”, explicou Beatriz na época.
Além disso, conforme familiares, nos últimos meses, a tenente apresentava um comportamento diferente. Na Páscoa, última vez que a militar esteve em Varginha para visitar os familiares, Beatriz notou que a irmã estava muito calada. Ela foi questionada se teria acontecido alguma coisa, mas disse que estava tudo bem. Mirian é uma pessoa muito reservada e a família não tinha conhecimento de nenhum envolvimento amoroso da tenente.
Qualquer informação sobre o paradeiro da tenente pode ser comunicada à polícia por meio do 181.
(Fonte: O Tempo)