Polícia Civil investiga mais um caso de atentado contra ambientalista de Milho Verde

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A explosão de uma bomba assustou moradores e comerciantes de Milho Verde, distrito do Serro, Região do Alto do Jequitinhonha na madrugada desta quarta-feira (2). De acordo com informações da Polícia Militar o artefato foi colocado em frente à casa do ambientalista Luiz Fernando Ferreira Leite, diretor-presidente do Instituto Milho Verde, ONG que atua em projetos ambientais na região.

Esta não é a primeira vez que ocorrem tentativas de retaliação às pessoas ligadas ao instituto. Em 27 de março deste ano, Luiz Fernando foi alvo de uma tentativa de homicídio, ao ser atingido por dois tiros nas costas, enquanto deixava sua casa em um automóvel. Desde então, a Polícia Civil começou a investigar o caso.

Conforme informou o assessor de projetos culturais e coordenador do ponto de cultura do Instituto, Bruno Emiliano, desta vez ninguém ficou ferido. “Recebemos esta triste notícia durante a noite. Pela manhã, o pessoal encontrou resquícios de uma bomba lá, parece que foi uma tentativa de incendiar o local. Felizmente a residência estava vazia, pois desde o primeiro atentado, decidimos por bem sair de lá”, ressaltou.

Mesmo assim, o Instituto Milho Verde continua funcionando normalmente no município. Os dois casos registrados envolvendo a ONG movimentaram a rotina da cidade. Apesar do caso da explosão desta bomba ainda não ter sido esclarecido pela polícia, funcionários levantam hipóteses sobre o que pode ter causado os atentados. “O Instituto está envolvido com a criação da área de preservação local junto com o Instituto Estadual de Florestas, e como nessa região ainda existem características de coronelismo, nossas atividades incomodam algumas pessoas”, disse Bruno Emiliano.

O Instituto Milho Verde é uma organização não governamental que atua nas áreas da cultura, meio ambiente e desenvolvimento social. A PM informou que até o momento nenhum suspeito foi preso e que os moradores não souberam informar características dos autores. A Polícia Civil vai investigar o caso.

(Estado de Minas)

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