Comerciante perde a paciência e quebra computador da Copasa devido à falta d’água

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Moradores de Pará de Minas, na região Central do Estado, continuam sofrendo com a falta de água iniciada nos primeiros meses deste ano. Nessa segunda-feira (23), um comerciante do município, revoltado, tomou uma medida drástica e danificou uma agência da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Após a confusão, ele fugiu e ainda não foi localizado.

Conforme informações do boletim de ocorrência, o homem que não teve o nome divulgado é dono de um comércio no bairro Grão-Pará. Ele teria comparecido a agência localizada na rua Maestro Espíndola, bairro Nossa Senhora das Graças durante à tarde.

O funcionário que atendeu o autônomo relatou à polícia que o bairro onde está localizado o seu comércio estava sem água há dois dias e ele estava somando um grande prejuízo. Ainda segundo o boletim, o funcionário teria explicado que o abastecimento voltaria ao normal em três dias. Porém, o homem se exaltou e jogou um dos computadores do local no chão. O suspeito fugiu assim que a polícia foi localizado.

A Copasa informou que desde agosto de 2013, o prolongado período de estiagem vem reduzindo drasticamente a vazão dos ribeirões dos Paiva e Paciência, que atendem o município. Mas, a companhia explicou que medidas já estão sendo tomadas há algum tempo, como os rodízios de abastecimento em bairros.

Ainda segundo a companhia, diariamente, cerca de 18 caminhões-pipa, que trazem água tratada do sistema Serra Azul, em Juatuba, têm reforçado o abastecimento na cidade, além de atenderem escolas, creches e hospitais.

Vista da cidade de Pará de Minas – Foto: Antônio Anderson

Solução

A solução para o problema seria o transporte de mais de 200 litros por segundo de água bruta do rio Paraopeba para a Estação de Tratamento de Água de Pará de Minas, segundo a companhia. A obra foi orçada em R$ 50 milhões.

O projeto da obra já foi concluído e a permissão para o uso dessa água já foi solicitada pela Copasa. Porém, o início das obras depende da renovação do contrato de concessão, vencido em 2009, entre o município e companhia.

Município

No dia 8 de maio, a prefeitura da cidade decretou estado de calamidade pública em função de problemas de abastecimento de água agravada pela escassez de chuva nos últimos 3 anos. A situação ficou ainda pior pela falta de contrato de concessão.

Dos 90 mil habitantes de Pará de Minas, 70 mil estão sofrendo com problemas de abastecimento de água, segundo o prefeito Antônio Júlio (PMDB).

(O Tempo)

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