Um açougueiro foi preso após ser flagrado na manhã deste sábado (17) pela filha mais velha fazendo sexo oral na irmã dela, de apenas 12 anos, no bairro Castanheiras, região do Barreiro em Belo Horizonte. A menina confirmou o abuso e outra filha do suspeito, de 14 anos, revelou que também era estuprada por ele, há cerca de um ano. Elas ainda disseram que o pai as ameaçava com o facão de trabalho para que elas não contassem nada a ninguém.
Segundo o sargento Romualdo Silva, do Batalhão Rotam, Jorge Luiz de Souza, 49, mora com a filha mais velha, de 27 anos, e o marido dela. As irmãs mais novas dela, de 12 e 14 anos, também foram morar na casa dela, junto com o pai, e os três dormiam no mesmo quarto, ele em um colchão, e as meninas em uma cama beliche, no bairro Castanheiras.
Na manhã deste sábado, porém, uma cena abalou a dona da casa e fez com que ele mudasse a visão que tinha do pai, até então, considerado exemplar. Ao abrir a porta do quarto dos três, ela flagrou Jorge fazendo sexo oral na filha dele, de 12 anos. Assustada, ela questionou o pai que disse não estar fazendo nada demais, apenas “carinho” na criança. Em seguida, ela saiu em direção ao centro da capital, para trabalhar.
A mulher decidiu conversar com as irmãs e descobriu que o pai também consumava o ato sexual completo com as meninas. A de 12 anos contou que o sexo oral acontecia já há algum tempo, mas que as penetrações começaram em fevereiro deste ano. Já a de 14 anos revelou que era estuprada pelo pai há cerca de um ano. As duas nunca contaram nada a ninguém porque o suspeito as ameaçava com um facão de açougueiro depois de cometer os abusos.
Ainda assim, as adolescentes relatavam que o homem sempre foi um bom pai, até começar com os abusos. A irmã mais velha também disse que tinha Jorge como um ótimo pai e que nunca suspeitou de nada. Após ele sair para trabalhar, foi ela que chamou a polícia. “Mas eu não quero que nada de ruim aconteça ao meu pai, quero apenas que ele pague pelo que fez”, disse a mulher aos militares.
A mãe das adolescentes não mora com elas, já que se separou do suspeito há algum tempo.
Jorge, que já tem passagens pela polícia por tráfico de drogas e furto, foi preso no horário de almoço do trabalho, e levado para a Central de Flagrantes. As adolescentes passarão por exames médicos para comprovar os estupros.
“Jack, o estuprador”
Ainda segundo o sargento Romualdo, o suspeito negou o crime e justificou que era um pai muito carinhoso. No entanto, o comportamento estranho de Jorge já incomodava até mesmo colegas de trabalho. Eles relataram que já houve reclamações de funcionárias sobre tentativas do suspeito de espiá-las no banheiro. Além disso, o homem lançava olhares maldosos frequentemente para clientes do açougue, funcionárias e mulheres que passavam na rua. “Eram olhares perturbadores e abusivos, segundo os colegas dele”, disse o sargento.
O comportamento estranho do suspeito rendeu a ele o apelido de “Jack, o estuprador” entre os colegas de trabalho. (O Tempo)