Preso com quadrilha que explodiu caixa eletrônico em Santa Maria de Itabira é solto por falta de provas

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Após ficar preso acusado de ser um dos integrantes do grupo que assaltou o Bradesco em Santa Maria de Itabira, Eurípedes de Almeida Fernandes, 29 anos, foi liberado na tarde dessa quinta-feira, 15 de maio, por falta de provas. Ele é morador de São Sebastião do Rio Preto e se diz traumatizado.

Eurípedes, que mora com a mãe e dois irmãos, é vendedor ambulante de camisas de times. Conhecido como Pretinho, ele contou que no dia em que foi conduzido, estava voltando da casa de um parente. O rapaz foi abordado por policiais, que o averiguaram e o liberaram. Depois, ele foi para a casa de um amigo e, após 15 minutos, militares o chamaram novamente e disseram que seria apenas para averiguação. “Só que eu tive que acompanhá-los e, quando subi, disseram que tinha praticamente certeza de que eu participei do roubo por causa da minha camisa.

Eurípedes diz que já sente na pele o peso do preconceito – Foto: Divulgação

Desde o dia da prisão, Eurípedes sustentou que era inocente. Mas, mesmo assim, ficou preso dois dias e meio. Procurado pela reportagem, o comandante do 26º Batalhão da Polícia Militar de Itabira, tenente-coronel Júlio Maria Abílio, afirmou que Eurípedes havia sido preso por acusação de ter tentado furtar um cavalo.

No entanto, o delegado da Polícia Civil, Juliano Alencar, afirmou que pode ter havido uma confusão, já que o acusado de tentar furtar o cavalo vestia uma camisa do Cruzeiro, assim como Eurípedes. “Não houve elementos probatórios suficientes para ratificar a prisão”, comentou o delegado.

Trauma

De acordo com Eurípedes, família e amigos se mobilizaram para provar sua inocência. Por meio de vereadores, um advogado foi contratado para defendê-lo. “Eles correram atrás porque sabem que não mexo com nada de errado”. Para ele, ser acusado de um crime que não cometeu causou tortura psicológica e privações.

Eurípedes diz que já sente na pele o peso do preconceito e acredita que seu futuro profissional pode até mesmo ser comprometido. “A experiência foi muito ruim. Eu estava no lugar errado na hora errada. Estou com muito trauma. Vai ser difícil até de arrumar emprego”. (DeFato Online)

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