Falso pastor que morreu em acidente na BR-381 era acusado de aplicar golpes no Vale do Aço

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Um homem identificado como pastor após morrer em um acidente na noite de segunda-feira, 05 de maio, no quilômetro 392 da BR-381, próximo ao trevo de acesso à cidade de Barão de Cocais, foi reconhecido posteriormente como um estelionatário acusado de aplicar golpes na região do Vale do Aço.

Em meio aos pertences da vítima foi encontrada uma carteira de pastor no nome de Luiz Gustavo de Paula Martins, de 25 anos. No entanto, a vítima não se trata de um ministro evangélico, mas, sim de um homem, morador de Timóteo e acusado de aplicar vários golpes na região. A informação da dupla identidade foi divulgada nesta quarta pelo Jornal Vale do Aço.

O falso pastor morto respondia pelo crime de estelionato – Foto: Bell Silva

O Ford Verona com placas MPV-3644 de Timóteo, que era conduzido por ele, capotou várias vezes e parou completamente destruído com as rodas para cima. O carro chegou a atingir um Gol de placas MPX-9283, de São Domingos do Prata conduzido por Mauro Gomes da Silva, 55 anos. O homem não se feriu.

Na chegada dos bombeiros, os militares deparam com Luiz Gustavo, morto, do lado de fora do Verona. Ele teria tentado sair do carro, mas, não resistiu e faleceu.

Um documento encontrado em meio aos pertences da vítima, que afirma que ele é pastor, pode ser falsa

Golpista

Em outubro do ano passado Luiz Gustavo havia sido preso acusado de integrar uma quadrilha que mantinha um forte esquema de facilitação de Carteira Nacional de Habilitação. À época foram encontrados documentos falsos, inclusive carteiras de identificação pastoral. O acusado chegou a confessar a sua participação e ainda contou onde praticava o crime, com quem e como.

Conforme relatou o suspeito no dia em que foi preso, ele e seus comparsas procuravam por pessoas leigas, oferecendo as carteiras por R$ 3 mil. A garantia de que as vítimas iriam receber o documento só era dada mediante pagamento da metade do valor.

Para dar credibilidade ao processo os homens falsificaram as provas de legislação que eram aplicadas aos candidatos, dentro de suas próprias casas. As falsas provas apreendidas pela PC eram montadas pelos golpistas, que usaram inclusive o logotipo da Polícia Civil. Elas eram assinadas pelas vítimas sob a promessa que seriam feitas posteriormente por examinadores.

Ainda em seu depoimento Luiz Gustavo disse que os envelopes com as descrições Polícia Civil Minas Gerais – Detran – www.detranet.mg.gov.br foram preparados por um de seus comparsas, e era dele também a responsabilidade de elaborar as provas. A participação do terceiro integrante era procurar as pessoas e oferecer as habilitações.

O lucro da quadrilha teria sido de aproximadamente R$ 100 mil. A polícia ainda descobriu que o bando dava nomes de policiais e examinadores da região para convencer os alvos. Luiz Gustavo foi sepultado na tarde desta terça-feira (6) no Cemitério Parque da Saudade em Timóteo.

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