A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais quer propor à Secretaria de Estado de Defesa Social uma revisão do modelo de prevenção à criminalidade na Serra do Cipó, região Central de Minas. Ontem, durante uma audiência pública, foi aprovado um pedido para a realização de uma reunião entre as partes. Porém, ainda não há data definida para o encontro.
As mortes do advogado Alexandre Werneck de Oliveira, 46, e da namorada dele, a também advogada Lívia Viggiano Rocha Silveira, de 39, assassinados em janeiro na região, motivaram a audiência de ontem. O presidente da comissão, o deputado João Leite (PSDB), defende a instalação de uma delegacia de polícia para turistas na Serra do Cipó e maior rigor na fiscalização.
“Os números não são ruins. A Serra do Cipó não tem nenhum homicídio, apesar de o casal ter sido encontrado na localidade, os dois foram mortos em Santana do Riacho. Mas por causa da Copa, a região deve ter o triplo de turistas”, afirmou o deputado. Depois do caso, os empresários relataram que estão com apenas 30% de ocupação dos leitos.
Segundo a Polícia Militar (PM), em setembro deste ano vão se formar 1.950 militares que serão empenhados somente na região metropolitana. Até lá, não é possível aumentar o efetivo, mas é possível mudar a estratégia de segurança após pesquisa no local.
(Carro de casal morto foi achado todo queimado; na foto, suspeito (de blusa preta) fazia reconhecimento – Foto: Leo Fontes / O Tempo)