Cheque representa apenas 0,5% das transações de pagamento no Brasil

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O uso de cheques no Brasil segue em declínio e atualmente corresponde a apenas 0,5% das formas de pagamento utilizadas pela população, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Apesar da redução significativa, não há previsão legal ou regulatória para a extinção do cheque no país.

De acordo com a Febraban, em 2024 foram emitidos 137,6 milhões de cheques, que movimentaram R$ 523,19 bilhões. Desde 1995, o uso desse meio de pagamento caiu 96%, reflexo do avanço de alternativas digitais, como o Pix, que têm ganhado espaço nas transações financeiras.

Uso Restrito e Motivações

“Apesar da crescente digitalização do cliente bancário, o cheque ainda é bastante usado no Brasil”, afirmou Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban. Ele apontou que o cheque é utilizado em situações específicas, como em localidades com acesso limitado à internet, em comércios que evitam meios de pagamento digitais, ou como caução para compras.

Ainda segundo Faria, o valor médio das transações realizadas com cheques é mais elevado, indicando que eles têm sido preferidos para pagamentos de maior valor, enquanto transações menores são realizadas com o Pix e outros meios eletrônicos.

Sem Perspectiva de Retorno

Embora os cheques ainda sejam utilizados, a Febraban não prevê um retorno ao uso em larga escala. “Os mecanismos de transações digitais estão menos suscetíveis a fraudes do que os cheques, pois exigem múltiplos fatores de autenticação, enquanto o cheque utiliza apenas a análise de assinatura”, destacou a entidade.

Além disso, a federação aponta que o cheque se tornou um meio de pagamento caro e complexo em comparação às alternativas digitais, que oferecem maior segurança e praticidade.

Declínio Contínuo

A queda no uso dos cheques reflete a transformação do sistema financeiro brasileiro, cada vez mais digitalizado. Desde 1995, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, o país tem registrado um declínio constante nesse meio de pagamento, que segue em uso principalmente por resistência de alguns consumidores ou em situações pontuais.

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