Na manhã desta terça-feira, 21 de janeiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Saúde Eleitoral, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável pela captação e reserva irregular de vagas nos sistemas informatizados do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente no Sistema Nacional de Regulação (SISREG).
A operação visa desmantelar o esquema que visava a manipulação de agendamentos para consultas médicas em diversas especialidades, com o intuito de reter vagas destinadas a cidadãos e, posteriormente, alocar pessoas de interesse dos envolvidos em troca de apoio político e votos nas eleições de 2024. Durante a ação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de Brasília e Queimados (RJ), município localizado na Baixada Fluminense.
Além das buscas, a Justiça determinou o sequestro e bloqueio de bens, valores e ativos incompatíveis com a renda dos investigados, além do afastamento de alguns envolvidos da função pública. A investigação teve início após a Câmara Municipal de Queimados encaminhar uma denúncia, relatando que centenas de agendamentos estavam sendo realizados de forma irregular no SISREG, um sistema que visa organizar e controlar o acesso aos serviços de saúde pública.
O SISREG é um sistema do SUS que tem como finalidade otimizar o acesso aos serviços de saúde, garantindo os princípios de universalidade, igualdade de acesso e integralidade no atendimento. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistema de informação e corrupção eleitoral.
Balanço Final da Operação:
- Mandados cumpridos: 9
- Apreensões: 9 smartphones, 1 notebook e documentos relacionados a marcações de consulta
- Local de apreensão: Casa de um dos alvos, em Queimados/RJ, que não possuía vínculo formal com a prefeitura, mas tinha acesso ao SISREG.