Polícia Civil conclui identificação das 39 vítimas de acidente no município de Teófilo Otoni

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou, nessa quinta-feira (9/1/2025), a identificação das vítimas do gravíssimo acidente envolvendo um ônibus, uma carreta e um carro na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. O acidente, registrado em 21 de dezembro de 2024, deixou 39 mortos, todos ocupantes do ônibus que seguia de São Paulo para a Bahia.

Segundo a PCMG, 37 corpos já foram liberados para as famílias, enquanto os parentes das duas últimas pessoas identificadas estão sendo comunicados. As vítimas tinham idades entre 1 ano e dois meses e 64 anos, sendo a maioria naturais da Bahia e São Paulo, além de uma de Minas Gerais e outra da Paraíba.

Identificação das vítimas

O trabalho pericial foi realizado no Instituto Médico Legal (IML) em Belo Horizonte, com o apoio de equipes das polícias civis da Bahia, Paraná e São Paulo. Os métodos utilizados incluíram papiloscopia (análise de impressões digitais), odontologia-legal e testes de DNA. Segundo o médico-legista Thales Bittencourt, o exame de DNA foi essencial nos casos de carbonização ou lesões que impossibilitaram outras formas de identificação.

Investigação do acidente

No local do acidente, peritos coletaram vestígios e utilizaram tecnologias avançadas, como o Laser Scanner 3D, que permite a simulação do evento para determinar a dinâmica do fato. O material biológico dos motoristas do ônibus e da carreta foi coletado para exames toxicológicos e de teor alcoólico, cujos resultados foram enviados à delegacia responsável pela apuração.

Atendimento às famílias

Desde o início, a PCMG ofereceu suporte humanizado às famílias das vítimas, com assistência de psicólogos e assistentes sociais. Segundo a instituição, a experiência adquirida em tragédias anteriores, como o rompimento da barragem em Brumadinho e um acidente em João Monlevade, foi fundamental para conduzir os trabalhos.

Maior tragédia em estradas federais desde 2007

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente é a maior tragédia registrada em rodovias federais desde 2007, início da série histórica. Inicialmente, foi divulgado que o número de mortos seria 41, devido à chegada de 41 sacos com restos mortais ao IML. No entanto, após análises detalhadas, constatou-se que o total de vítimas fatais era de 39.

As investigações sobre as causas do acidente continuam.

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