430 famílias devem deixar fazendas invadidas no Leste de Minas Gerais

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Foi iniciada, na manhã desta quinta-feira (16/01) em Conselheiro Pena, uma reunião para decidir um prazo para que as cerca de 430 famílias assentadas em duas fazendas, na zuna rural Tumiritinga, deixem as áreas invadidas.


Tenente Coronel Wagner coordenou a reunião para decidir o prazo para a reintegração de posse. (Foto: Maria Freitas)

A Polícia Militar já tem um mandado para a reintegração de posse da fazenda Jaqueira e da fazenda Córrego da Prata. “Existe uma ordem judicial de reintegração de posse. Nessa reunião nós vamos decidir qual é a melhor maneira possível para fazer essa reintegração”, explicou o tenente coronel Wagner Fabiano.

Mas as cerca de 430 famílias assentadas nos dois acampamentos não querem sair das terras. “Nós não temos para onde ir, nós queremos ficar. Nós queremos a terra. Não queremos brigar [com a polícia]. Nós somos trabalhadores rurais e não bandidos”, afirma a trabalhadora rural Ana Miranda, assentada no acampamento da fazenda Córrego da Prata.

De acordo com o advogado dos assentados, Gilson de Souza, existe uma negociação entre a empresa dona de uma das fazendas com Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a venda da propriedade.

Segundo o chefe da divisão de obtenção de terras do instituto, Vladmir Antônio Silva, antes da compra, o Incra faz uma vistoria no local. “O papel do Incra é vistoriar as terras para ver se elas são aptas para passar por uma reforma agrária”, diz.

Os sem-terra ocuparam as fazendas em 2011. Em abril de 2013, a PM esteve no local para cumprir uma ordem de despejo, mas um grupo de cerca de 300 pessoas interditou a ferrovia Vitória Minas, que corta o acampamento, em protesto.

(Fonte: G1 dos Vales)

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