A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na quarta-feira (19/1/2022), o inquérito instaurado para investigar a conduta de um ex-padre, de 55 anos, suspeito por envolvimento em assédio e violência sexual cometidos contra três monges, na cidade de Monte Sião, no Sul do Estado.
Conforme apurado pela PCMG, os crimes ocorreram em um mosteiro, pelo qual o investigado era responsável. Os monges eram subordinados ao suspeito e passavam por processo seletivo para ingresso. Além dos abusos e violências sexuais cometidos contra as vítimas, todas do gênero masculino, as monjas também acusaram o ex-padre por agressões, maus-tratos e assédio moral.
O investigado negou as acusações, mas confirmou ter mantido relações sexuais com duas vítimas, porém, segundo ele, de forma consensual. Com o fim das investigações, o delegado Daniel Leme indiciou o suspeito por violência sexual mediante fraude, combinados com o crime de assédio sexual.
Relatos dos abusos
Uma das vítimas, hoje com 41 anos, conta que o suspeito teria se aproximado dela por meio de pressões psicológicas e manipulação, aproveitando-se da vulnerabilidade da vítima devido à perda do pai. Segundo o homem, o ex-padre o teria chamado para tratar de assuntos referentes a um evento, mas quando chegou ao local, deparou-se com o suspeito seminu, com uma taça de vinho. Durante a conversa, o investigado o teria abraçado e iniciado carícias, fazendo pressão para que a vítima cedesse aos apelos sexuais. Os abusos teriam iniciado em 2009.
Outra vítima, atualmente com 31 anos, relatou que após dois anos de estada no mosteiro, começou a acompanhar o padre em viagens curtas. Em uma delas, o abuso teria ocorrido, quando os dois dormiram em um quarto de motel reservado pelo suspeito.
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