O presidente Jair Bolsonaro promulgou o texto que prevê a ampliação do valor do Fundo Eleitoral para mais de R$ 5,7 bilhões no ano que vem. A medida foi publicada hoje (21/12/2021) no Diário Oficial da União .
O valor estava previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, aprovada pelo Congresso em julho. Em agosto, ao sancionar o texto, o presidente Bolsonaro vetou o trecho. O veto, entretanto, foi derrubado pelos parlamentares na semana passada.
Os recursos do fundo são públicos e divididos entre os partidos políticos para financiar as campanhas eleitorais. De acordo com o texto, a verba será vinculada ao orçamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), correspondendo a 25% da soma dos orçamentos de 2021 e 2022.
O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, ou apenas Fundo Eleitoral, foi criado em 2017. Sua criação se seguiu à proibição do financiamento privado de campanhas. Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas a campanhas eleitorais, sob alegações de haver desequilíbrio na disputa política e exercício abusivo do poder econômico.
Sem a verba privada para custear campanhas, foi criado o fundo. Ele é composto de dotações orçamentárias da União, repassadas ao TSE até o início do mês de junho, apenas em anos eleitorais. Em 2018, por exemplo, foi repassado aos partidos pouco mais de R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral para as campanhas.
Valor final na LOA
Ainda assim, o valor final a ser destinado ao financiamento da campanha no ano que vem será definido na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022. A medida está em discussão na Comissão Mista do Orçamento (CMO) do Congresso e deve ser votada nesta terça-feira pelo colegiado, seguido da votação em plenário pelos deputados e senadores.
No parecer apresentado ontem (20) pelo relator-geral, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), os recursos previstos para o Fundo Eleitoral são de R$ 5,1 bilhões. Mas o valor ainda não é consenso entre os parlamentares.
Veja como cada parlamentar de Minas Gerais votou:
Entenda a votação:
- Não = a favor da derrubada do veto, ou seja, a favor do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões
- Sim = a favor da manutenção do veto, ou seja, contra o fundo de R$ 5,7 bilhões
Deputados:
- Aécio Neves (PSDB-MG) – Não
- Aelton Freitas (PL-MG) – Não
- Alê Silva (PSL-MG) – não votou
- André Janones (Avante-MG) – Sim
- Áurea Carolina (PSOL-MG) – Sim
- Bilac Pinto (DEM-MG) – Sim
- Charlles Evangelista (PSL-MG) – Não
- Delegado Marcelo (PSL-MG) – não votou
- Diego Andrade (PSD-MG) – Não
- Dimas Fabiano (PP-MG) – Não
- Domingos Sávio (PSDB-MG) – Não
- Dr. Frederico (Patriota-MG) – Sim
- Eduardo Barbosa (PSDB-MG) – Não
- Emidinho Madeira (PSB-MG) – não votou
- Eros Biondini (PROS-MG) – Sim
- Euclydes Pettersen (PSC-MG) – Não
- Fábio Ramalho (MDB-MG) – Não
- Franco Cartafina (PP-MG) – Não
- Fred Costa (Patriota-MG) – Não
- Gilberto Abramo (Republicanos-MG) – Não
- Greyce Elias (Avante-MG) – Não
- Hercílio Coelho Diniz (MDB-MG) – Não
- Igor Timo (Podemos-MG) – Sim
- Júlio Delgado (PSB-MG) – Sim
- Junio Amaral (PSL-MG) – Sim
- Lafayette Andrada (Republicanos-MG) – Não
- Léo Motta (PSL-MG) – Sim
- Leonardo Monteiro (PT-MG) – Não
- Lincoln Portela (PL-MG) – Não
- Lucas Gonzalez (Novo-MG) – Sim
- Luis Tibé (Avante-MG) – Não
- Marcelo Álvaro (PSL-MG) – Sim
- Marcelo Aro (PP-MG) – Não
- Mário Heringer (PDT-MG) – Não
- Mauro Lopes (MDB-MG) – Não
- Misael Varella (PSD-MG) – não votou
- Newton Cardoso Jr (MDB-MG) – Não
- Odair Cunha (PT-MG) – Não
- Padre João (PT-MG) – Não
- Patrus Ananias (PT-MG) – Não
- Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) – não votou
- Paulo Guedes (PT-MG) – Não
- Pinheirinho (PP-MG) – Não
- Reginaldo Lopes (PT-MG) – Não
- Rodrigo de Castro (PSDB-MG) – Não
- Rogério Correia (PT-MG) – Não
- Stefano Aguiar (PSD-MG) – Sim
- Subtenente Gonzaga (PDT-MG) – não votou
- Tiago Mitraud (Novo-MG) – Sim
- Vilson da Fetaemg (PSB-MG) – Não
- Weliton Prado (PROS-MG) – não votou
- Zé Silva (Solidaried-MG) – Não
- Zé Vitor (PL-MG) – Não
Senadores:
- Antonio Anastasia (PSD-MG) – Não
- Carlos Viana (PSD- MG) – Não
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