O juiz da 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Luís Augusto César Barreto Fonseca, condenou integrantes de uma organização criminosa que exploravam cerca de cem pontos de jogo do bicho e de máquinas de caça-níquel na capital e nas cidades de Betim, Igarapé, São Joaquim de Bicas, Brumadinho, Mário Campos e Sarzedo. Sete membros da quadrilha vão cumprir pena que variam de 12 anos e 9 meses a 13 anos e 5 meses de prisão.
Dois policiais militares denunciados pelo Ministério Público como integrantes da quadrilha tiveram o processo desmembrado e serão julgados separadamente pela Justiça Militar.
A defesa dos acusados argumentou que os crimes já haviam sido prescritos, ou seja, que já havia vencido o prazo para eles serem condenados. O juiz Luís Augusto Fonseca argumentou que a denúncia foi recebida em novembro de 2017 e que não venceu nenhum dos prazos prescricionais.
Nas buscas e apreensões realizadas pela polícia, foram apreendidas armas, valores em dinheiro, bilhetes de jogo do bicho e documentos, comprovando contabilidade minuciosa das bancas dos jogos de azar, lista de lojas e rota de recolhimento de valores e faturamento. As condutas dos acusados foram descobertas durante a Operação Camaleão, deflagrada pelo Ministério Público de Minas com apoio da inteligência da Polícia Militar.
As interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça revelaram a atuação de cada integrante da quadrilha e a relação deles com os delitos. “Foram colhidas provas robustas do envolvimento de todos os acusados nos crimes imputados. O envolvimento dos acusados com o grupo foi confirmado por incontáveis elementos de prova”, ressaltou o juiz Luís Augusto Fonseca.
Os réus foram condenados por integrar organização criminosa, por explorar jogo do bicho e máquinas de azar e por corrupção ativa, pelo pagamento de vantagens a policiais militares que teriam facilitado a exploração dos jogos ilícitos. Os condenados vão cumprir a pena em regime fechado, mas receberam o direito de recorrer da decisão em liberdade.
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