Minas Gerais bateu a marca de 19,2 milhões de doses das vacinas contra a covid-19 já aplicadas na população. Com o avanço da vacinação e melhora dos indicadores, as macrorregiões do estado se mantêm estáveis no Minas Consciente. A taxa de incidência da doença caiu 10% nos últimos dias no estado.
Assim, seguem na onda verde, a mais flexível do plano, as macrorregiões Triângulo do Norte, Nordeste, Leste, Centro, Centro-Sul, Oeste, Sul, Sudeste, Vale do Aço, Jequitinhonha, Norte e Noroeste. Apenas o Triângulo do Sul permanece na onda amarela.
As deliberações do Comitê Extraordinário Covid-19, aprovadas nesta quinta-feira (2/9/2021), valem a partir de sábado (4/9).
Vacinação
A ampliação da imunização é o que alavancou o bom desempenho de Minas no combate à pandemia, conforme o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti. Ele espera que, até novembro, todos os adultos mineiros tenham tomado a segunda dose.
Entre as pessoas acima de 18 anos, a cobertura vacinal da primeira dose chega a 81,27%. Já a da segunda dose e/ou dose única está em torno de 36,22%.
“A incidência da doença hoje é igual ao pico de 2020. Estamos batendo, agora, com tendência de queda. A grande diferença é que naquele momento ainda não tínhamos vacina. Atualmente, as notificações estão em baixa, o que indica que menos pacientes estão procurando atendimento médico”, explica Fábio Baccheretti.
Leitos
Os números do sistema SUSFácilMG, de fato, mostram que 15 pessoas em todo estado estavam na fila para um leito de UTI às 7h30 desta quinta-feira. Outras 95 aguardavam vagas para leitos de enfermaria.
Segundo o secretário, com a melhora do cenário da pandemia, muitos municípios estão desmobilizando leitos que estavam exclusivos para UTI covid-19, e voltando a realizar outros atendimentos, como as cirurgias eletivas. “Estamos observando que não há nenhuma pressão nos leitos de UTI”, disse.
Próximos passos
O secretário Fábio Baccheretti lembra que boa parte das cidades de Minas Gerais já está vacinando pessoas com 18 anos e destaca que a expectativa é que em setembro sejam imunizados os adolescentes. “Temos 1,7 milhão de jovens nessa faixa, vamos priorizar a vacinação dos que têm comorbidades, e depois chegamos aos demais”, diz.
Além disso, idosos que tomaram a vacina há mais de seis meses também devem receber a dose de reforço em setembro. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) calcula 300 mil pessoas nessa faixa. Até o momento, o reforço é dado a pacientes com mais de 80 anos e pessoas imunossuprimidas.
A dose extra aplicada deve ser de um fabricante diferente do que a pessoa tomou. “Para quem se vacinou com CoronaVac, podemos aplicar Pfizer, AstraZeneca ou Janssen”, exemplifica o secretário. Ele ainda lembra que os idosos são a população mais vulnerável à doença, mesmo tendo tomado duas doses do imunizante. Por isso, é tão importante manter os cuidados como uso de máscara e higienização das mãos.
“Atualmente, os idosos respondem por três quartos das mortes relacionadas à covid. Dessa forma, estamos destinando o reforço a esse grupo”, diz Baccheretti.
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