A luta contra a covid-19 em Minas Gerais ganhou nuances de esperança nesta semana. A queda consistente da taxa de óbitos em todas as localidades mineiras se concretizou, chegando a 619 municípios sem mortes pela doença nos últimos sete dias. O número representa 73% das cidades.
A velocidade da vacinação também bateu o recorde desde janeiro, com 230 mil doses aplicadas diariamente. As informações foram apresentadas pelo secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, em coletiva à imprensa nesta sexta-feira (23/7), na Cidade Administrativa.
“Nesta semana, só 27% dos municípios tiveram óbitos registrados, demonstrando o quanto a vacina é eficaz e representa um divisor de águas. Agora é a hora de continuar todos os cuidados e avançar na vacinação para superarmos esse momento”, afirmou Baccheretti.
O secretário de Saúde também destacou que a quantidade de doses recebidas pelo Estado e a eficiência da distribuição aos municípios permitiu o recorde na imunização estadual.
“Certamente, este foi o mês em que mais recebemos doses. Continuamos distribuindo de forma muito ágil, iniciando em menos de 24h o envio para todas as regionais. Além disso, vacinar por idade é o jeito mais fácil, então foi uma decisão muito acertada priorizar esse formato e ser menos burocrático no processo. A tendência é a de que no mês que vem, com a expectativa de receber mais de 6 milhões de doses, a gente bata novo recorde”, lembrou.
Minas Gerais já aplicou, até o momento, mais de 12,6 milhões de doses da vacina contra a covid-19. Todo o grupo prioritário recebeu o imunizante e a expectativa é a de que 44% da população esteja vacinada com as duas doses até setembro.
A expansão da imunização também se reflete em queda na procura por leitos. Atualmente, 50 pacientes aguardam atendimento no estado, o menor número dos últimos 45 dias.
Cirurgias eletivas
Na coletiva, o secretário Fábio Baccheretti lembrou ainda que, diante do cenário favorável, as cirurgias eletivas estão autorizadas novamente nos hospitais mineiros e é importante garantir o atendimento dos pacientes que aguardavam na fila.
“As cirurgias eram uma grande preocupação do Estado e estamos retornando agora. Vamos incentivar alguns procedimentos para que a gente consiga tirar esse atraso, esse acumulado. O único condicionante é o kit intubação, que tanto o Estado quanto os hospitais vêm comprando. Agora é tentarmos operar o mais rápido possível todo mundo que está aguardando”, disse.
As novas regras para a realização de cirurgias eletivas em hospitais privados e públicos foram aprovadas nessa quinta-feira (22/7) pelo Comitê Extraordinário Covid-19.
A deliberação permite que hospitais privados, ou seja, que não recebem recursos públicos, possam retomar as cirurgias eletivas, reduzindo assim o passivo existente e a espera dos pacientes. Já na rede SUS, essa retomada poderá ocorrer no momento em que se comprovar estoque de pelo menos 30 dias do chamado kit intubação.
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