A vacina CoronaVac é segura e estimula a produção de anticorpos em crianças e adolescentes com idade entre 3 e 17 anos, mostra estudo científico publicado pela revista The Lancet, do Reino Unido. Foram feitos ensaios clínicos entre outubro e dezembro do ano passado na província chinesa de Hebei e envolveram 552 participantes.
A produção de anticorpos contra o antígeno do coronavírus foi maior que 96% após 28 dias da aplicação das duas doses. No Brasil, o imunizante da biofarmacêutica Sinovac é produzido em parceria com o Instituto Butantan.
Segundo o instituto, os dados das fases 1 e 2 do estudo foram encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A definição sobre o uso do imunizante nesta faixa etária cabe ao órgão e ao Ministério da Saúde.
O estudo mostrou reações adversas de grau 1 e 2, entre leve e moderada. Apenas 1% do grupo de voluntários apresentou reação adversa de grau 3. A maioria das reações ocorreu sete dias após a aplicação e a recuperação dos pacientes se deu em até 48 horas. Dor no local da vacina e febre foram as reações mais comuns, com 13% e 5%, respectivamente.
“Os dados, portanto, indicam um ótimo perfil de segurança e bons títulos de anticorpos neutralizantes induzidos pelo imunizante, o que apoia um esquema vacinal de duas doses para estudos adicionais no grupo de crianças e adolescentes”, diz o Butantan.
A CoronaVac é um dos imunizantes usados no Plano Nacional de Imunizações (PNI). Desde janeiro, o instituto entregou mais de 52,2 milhões de doses ao Ministério da Saúde.
The Lancet é uma revista científica sobre medicina e com revisão por pares que é publicada semanalmente pela Elsevier, no Reino Unido, pelo Lancet Publishing Group.
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