Após operações realizadas no Alto Rio Pardo, no Norte do Estado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nessa terça-feira (27/4/2021), o inquérito instaurado com o objetivo de combater o tráfico de drogas e crimes conexos. Foram presos três suspeitos e identificado o responsável por comandar a venda de entorpecentes na região.
A investigação iniciou em dezembro do ano passado, quando a polícia apreendeu grande quantidade de drogas na região. Na ocasião, foi instaurado inquérito para identificar os integrantes da organização criminosa atuante em toda região do Alto Rio Pardo, que compreende as comarcas de Salinas, São João do Paraíso, Taiobeiras e Rio Pardo de Minas.
Com base nas investigações, a polícia identificou o homem apontado como líder da facção, bem como outros integrantes do grupo. De acordo com o delegado Bruno Marocco, que coordenou as investigações, o inquérito possui dois volumes, reunindo vasto conjunto de provas sobre a autoria e a materialidade do crime.
Crime organizado
A organização criminosa, segundo investigado pela PCMG, é constituída por diversos membros, todos com funções bem estabelecidas e conforme hierarquia determinada, com um chefe regional e quatro subchefes, um para cada cidade da região do Alto Rio Pardo. O grupo também tinha o próprio tribunal, em que os integrantes decidiam sobre sanções aplicadas aos devedores e para aqueles que furtavam entorpecentes. Essas torturas eram filmadas pelos criminosos.
Quanto ao patrimônio da organização criminosa, o delegado explica que observou uma movimentação econômica expressiva por parte dos envolvidos. Ainda segundo Bruno, a PCMG solicitou no inquérito o perdimento judicial dos bens adquiridos de forma ilegal e sem origem justificada.
O homem apontado como o chefe regional da organização criminosa, contra o qual consta uma condenação por tráfico de drogas, foi preso durante a ação. “Conseguimos efetuar a prisão do homem que comandava o tráfico em Rio Pardo de Minas. Além dele, outros dois suspeitos foram presos também em relação aos fatos, principalmente na tortura de indivíduos que não pagavam os traficantes”, conta o delegado. Ele relata também que “Ainda, há indícios de constituição de um grupo na região para evitar o cometimento de outros crimes na área de atuação do bando. Um homem foi agredido por ter cometido um roubo em região não autorizada”.
Os presos estão no Sistema Prisional à disposição da Justiça. Mesmo após a conclusão das investigações, demais prisões poderão ser realizadas, haja vista que outros envolvidos foram devidamente identificados e terão suas condutas investigadas.
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