Dezessete presos por tráfico de drogas, roubo, organização criminosa e tortura. Esse foi o resultado da Operação Êxodo, realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta quarta-feira (28/4/2021). Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos nos municípios de Angelândia, Capelinha, Água Boa, Nova Serrana e Ibirité.
As investigações começaram há cerca de um ano e sete meses. Segundo a PCMG, uma organização criminosa possuía base fixada em Palmeiras de Resplendor (distrito rural localizado no limite territorial entre Capelinha e Água Boa), e os integrantes migravam na região para aquisições de carregamentos de drogas e distribuições para pontos de tráfico. Também foram identificadas movimentações de investigados para áreas próximas à sede do grupo criminoso com o intuito de praticarem crimes violentos, como roubo e tortura.
Levantamentos apontam que os integrantes do grupo criminoso estariam envolvidos em crimes ambientais e delitos de tráfico de drogas, roubo, tortura, posse/porte ilegal e disparos de armas de fogo, comércio ilegal de armas de fogo e receptação de veículos de origens ilícitas. Além disso, os suspeitos praticavam crimes e represálias contra a população local para impedir possíveis denúncias contra eles.
Após trabalho investigativo da Agência de Inteligência da Delegacia Regional de Polícia Civil em Capelinha, foi representada pela prisão dos suspeitos e por busca e apreensão. Ao todo, 17 pessoas foram presas preventivamente em razão de mandados judiciais. Os suspeitos foram levados à Delegacia de Capelinha para a formalização das prisões e encaminhados ao Sistema Prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.
Presos
- Palmeiras de Resplendor: foram presos quatro homens (de 20, 26, 28 e 34 anos)
- Angelândia: foram presos três homens (de 24, 24 e 26 anos) e uma mulher (de 30 anos)
- Capelinha: foram presos três homens (de 19, 21 e 22 anos)
- Zona rural de Água Boa: um homem (de 42 anos)
- Nova Serrana: um homem (de 26 anos) e um mulher (de 26 anos)
- Ibirité: um dos investigados foi localizado na cidade da RMBH
- Já estavam no Sistema Prisional: dois homens (de 23 e 44 anos)
Foto: Divulgação / PCMG Foto: Divulgação / PCMG
Tortura
Um dos crimes apurados, cometido pelo grupo investigado, foi o de tortura. De acordo com as investigações, a vítima teria se apropriado de grande quantidade de maconha de propriedade da organização criminosa, que se encontrava enterrada às margens de uma estrada na zona rural. Ao tomar conhecimento do fato, o líder do grupo teria determinado que três subordinados torturassem a vítima até que a droga fosse recuperada ou o prejuízo fosse ressarcido.
Sendo assim, a vítima foi retirada da residência dela por três indivíduos, mantida sob ameaça e cárcere privado. Os suspeitos teriam amarrado as mãos da vítima, que se encontrava no interior do carro dos suspeitos, sob a mira de um revólver, totalmente coberta de sangue, enquanto um vídeo era gravado, possivelmente, como forma de divulgar a atuação do grupo.
Foi apurado que o líder da organização teria acompanhado toda a ação criminosa à distância, conduzindo uma motocicleta, com o objetivo de auditar a atuação dos subordinados, e sem vincular diretamente o nome dele ao ocorrido.
Roubo
Outro crime de grande repercussão, que teria sido cometido pelos suspeitos, foi o roubo a uma fazenda. Segundo apurado, um suspeito, que auxiliou na fuga dos comparsas, também cedeu a motocicleta para outros dois integrantes da organização criminosa, sendo um deles menor de idade, para que se deslocassem e cometessem o roubo.
No local do crime, as vítimas teriam sido rendidas por dois suspeitos, que utilizavam arma de fogo e portavam um galão de gasolina, usado para atear fogo na filha do encarregado da fazenda. Na ocasião, foram subtraídos vários objetos.
Foto: Divulgação / PCMG Foto: Divulgação / PCMG Foto: Divulgação / PCMG
Operação Êxodo
A operação contou a participação de 78 policiais civis das delegacias de Capelinha, Turmalina, Água Boa, Minas Novas, Berilo, Itamarandiba, Regional de Diamantina, Serro, Gouveia, Santa Maria do Suaçuí, Regional de Guanhães, Nova Serrana, além do Canil e da Coordenação Aerotática (CAT).
“A Polícia Civil reafirma a importância da participação do cidadão na construção de uma sociedade menos violenta, ao fornecer informações importantes para desvendar crimes e reduzir as taxas de criminalidade, bem como, reafirma o seu compromisso em atuar ativamente para trazer a sensação de segurança para todos”, destacou o delegado regional Felipe Pontual Meira Rosa.
Outras informações
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