Os atendimentos de ocorrências de obstrução por vias aéreas em bebês são recorrentes para os militares que atuam no Centro de Operações de Bombeiros (COBOM) do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). A intervenção dos agentes nesses casos salva, não apenas a criança que pode vir a óbito pelo engasgamento, mas também as mães e pais que passam por momentos de muita aflição.
Nesta segunda-feira (22/3/2021), na cidade de Frutal, o sargento Hanoaka, do 6º Pelotão de Bombeiros Militar (6ºBBM), atendeu o telefone e na linha encontrava-se a tia de um bebê de 1 ano de idade, relatando desesperadamente que a criança estava engasgada e sem respirar.
De imediato, o militar orientou que ela realizasse procedimentos para que o bebê conseguisse respirar. A solicitante conseguiu fazer com que a criança emitisse sons, certificando que a passagem de ar estava liberada e ela respirando. Em seguida, também foi enviada uma Unidade de Resgate para atendimento no local, no intuito de amparar a família e auxiliar na condução da vítima à unidade hospitalar do município.
De acordo com o Centro Integrado de Defesa Social (CINDS), do Corpo de Bombeiros, foram registradas, de janeiro a dezembro de 2020, quase 700 atendimentos referentes à obstrução das vias aéreas em todo o estado. O engasgamento é provocado pelo bloqueio da traqueia durante a ingestão de alimentos ou objetos, dificultando a respiração.
Foto: Divulgação / CBMMG
Saiba como agir
O Corpo de Bombeiros orienta que, para prestar os primeiros atendimentos em adultos, é necessário observar o estado da vítima: se está consciente, se respira normalmente, se consegue falar e se consegue tossir. Caso a resposta seja afirmativa para essas perguntas, a vítima deve ser encaminhada para um hospital o mais rápido possível.
Entretanto, se a vítima (adulta ou criança) está consciente, porém não consegue falar ou tossir, será necessário iniciar as compressões abdominais contínuas, denominada manobra de Heimlich, até desalojar o corpo estranho ou até a vítima tornar-se inconsciente. Caso não se sinta preparado para executar as compressões, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros para receber orientação por telefone.
Em caso de bebês que tenham se engasgado por líquido, a mãe ou pai deve fazer a sucção boca a boca e nariz da vítima e executar duas tentativas de ventilação. Caso a obstrução se mantenha, vire o bebê e dê cinco pancadas nas costas, entre as escápulas. Em seguida, vire o bebê novamente e sobre uma superfície rígida ou antebraço faça as cinco compressões no tórax, entre os mamilos. Também em caso de ingestão de objetos sólidos, proceda com as pancadas nas costas e compressões no tórax.
Para qualquer uma das vítimas, adulta, criança ou bebê, caso esteja inconsciente e não respire, realize a ressuscitação cardiopulmonar (compressões torácicas).
Lembrando que, em caso de dúvida, ligue o mais rápido para o 193 e se mantenha calmo para executar as tentativas de salvamento.
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