Aterrissou na manhã de hoje (23/2/2021) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, o avião com 2 milhões de doses de vacina contra o novo coronavírus importada da Índia. O imunizante da AstraZeneca, produzido pelo Instituto Serum, já vem pronto para ser aplicado e será apenas rotulado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A importação de doses prontas é uma estratégia paralela à produção de vacinas acertada entre a AstraZeneca e a Fiocruz para acelerar a disponibilidade de imunizantes à população.
Mais 8 milhões de doses estão previstas pelo acordo com os parceiros AstraZeneca e Instituto Serum, mas ainda não há data prevista para o recebimento. Em janeiro deste ano, a Fiocruz já havia recebido 2 milhões de doses da vacina.
Produção local
Enquanto negocia a chegada das doses prontas, a Fiocruz trabalha na produção local da vacina Oxford/AstraZeneca (Covishield). Segundo o acordo com a farmacêutica anglo-sueca, a Fiocruz vai produzir 100,4 milhões de doses até julho, a partir de um ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado.
A primeira remessa desse insumo já chegou ao Bio-Manguinhos e o primeiro milhão de doses produzido na Fiocruz tem entrega prevista para o período de 15 a 19 de março. De acordo com a fundação, os dois primeiros lotes estarão liberados internamente nos próximos dias. Esses lotes são destinados a testes para o estabelecimento dos parâmetros de produção.
Também está em andamento na Fiocruz o processo de transferência de tecnologia para a produção do IFA no Brasil, o que tornará a fundação autossuficiente na produção das vacinas. A previsão é que as primeiras doses com IFA nacional sejam entregues ao Ministério da Saúde em agosto, e, até o fim de 2021, seja possível entregar 110 milhões de doses, elevando o total produzido no ano pela Fiocruz para 210,4 milhões.
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