Procura por entretenimento online aumenta em 2020

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Impulsionado por um novo perfil de consumidor que vem crescendo ano após ano, o setor de entretenimento online é um dos que mais se destacam no segmento de tecnologia em 2020. Em distintas frentes, o entretenimento online bateu recordes de assinantes e novas adesões este ano, como também alavancou novas plataformas que logo deverão ser tendência de mercado, principalmente com a chegada da tecnologia 5G para impulsionar as conexões de internet.

Assinatura de jornais online cresceu em 2020

Nos últimos anos, muitos jornais tiveram que se encerrar as suas atividades por conta da queda gradual da venda de jornais em papel. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Verificador de Comunicação (IVC) divulgou dados com relação a circulação de jornais dos principais veículos de comunicação do Brasil, entre dezembro de 2014 e dezembro de 2019.

O estudo do IVC comprovou que o número de assinaturas digitais cresceu nos últimos cinco anos, enquanto que a venda de todos jornais impressos analisados despencou. O jornal Estado de Minas, por exemplo, reduziu a sua produção de material impresso em 72% nesse período.

Neste ano, dois dos maiores jornais do país, a Folha de São Paulo e o Estadão, se consolidaram no mercado digital e bateram recordes de assinaturas online no primeiro semestre. Em maio, a Folha de São Paulo alcançou a marca de 268.557 assinantes digitais. Já o Estadão, no mesmo período, registrou 150.852 assinantes em suas plataformas digitais — um recorde para a empresa.

Nos Estados Unidos, o The New York Times, teve 587.000 novos assinantes no primeiro trimestre de 2020. Com isso, pela primeira vez na história o jornal novaiorquino atingiu um total de 6 milhões de assinaturas nas suas plataformas digitais.

Vale destacar que os Estados Unidos é um dos países com maior taxa de acesso à internet no mundo, aproximadamente 90% da população — segundo pesquisa feita pelo Internacional Communications Union. Para efeito de comparação, 25% da população no Brasil ainda não acessa a internet, embora a tecnologia 4G esteja disponível a 95% dos brasileiros.

Jogos online em nuvem e por streaming também estão em alta

Conhecido também como streaming de jogos, os games em nuvem se referem ao uso de servidores de “cloud”, em vez de dispositivos locais, para executar os jogos — como se fosse uma Netflix dos games. Sendo assim, o objetivo dessa experiência de jogos em nuvem é tornar as experiências de jogo mais simples e com maior acessibilidade do ponto de vista financeiro.

Isso porque os jogadores não precisam comprar um console caro para rodar os melhores e mais recentes jogos. Além disso, permite aos usuários jogar os games em qualquer dispositivo compatível e uma conexão estável à Internet.

Esses atrativos estão aquecendo o mercado de jogos por streaming e levaram grandes empresas, como Google, Amazon, Microsoft e Nvidia, a investirem recursos nesse segmento.

Em setembro deste ano, a Amazon apresentou ao mercado um novo serviço de jogos em nuvem chamado Luna, que concorre com o Stadia (Google), o xCloud (Microsoft) e o GeForce Now (Nvidia), que foi muito bem recebido pelo público. O Luna pode ser acessado em Macs, PCs, além dos dispositivos da própria Amazon, como o Fire TV.

Em fase inicial de lançamento, o serviço está disponível nos Estados Unidos por US$ 6 ao mês. O Luna oferece aos usuários um catálogo de jogos que pode ser acessado em dois dispositivos ao mesmo tempo, com os games podendo alcançar a resolução 4K e taxa de 60 quadros por segundo via streaming.

O setor de cassinos também está investindo no streaming. Os cassinos online ao vivo, que colocam os jogadores com dealers reais via streaming em salas privadas, ganharam significativa força em sites com o da Betway Cassino, por exemplo — principalmente em países que não têm cassino em espaço físico, como é o caso do Brasil.

De acordo com Guilherme Fernandes, analista da empresa de pesquisa do setor de jogos da Newzoo, empresa que é referência global em pesquisas do setor de games, a receita de jogos em streaming deve crescer para US$ 4,8 bilhões até 2023.

Além disso, a iminente chegada da tecnologia 5G em muitos países deixarão as conexões de internet até 250 vezes mais rápidas em comparação ao 4G, abrindo novas possibilidades para todo o setor online.

Netflix ganhou 10,1 milhões de assinantes no segundo semestre

Com mais de 190 milhões de assinantes em todo o mundo e a queda do setor de TV paga no Brasil e em vários países, a Netflix não para de crescer a nível global. Somente no segundo semestre de 2020, a empresa de streaming ganhou 10,1 milhões de assinantes.

Sendo assim, a Netflix registrou uma receita líquida de US$ 1 bilhão no segundo trimestre deste ano, superando as projeções dos analistas da empresa. Ao todo, nos primeiros nove meses de 2020, a Netflix informou em comunicado oficial que adicionou 28,1 milhões de membros pagos em suas plataformas e que a expectativa para o quarto trimestre é chegar a marca de 201,1 milhões de assinantes em todo o mundo.

Mas não é somente a Netflix que tem atingido grandes voos no setor de streaming de vídeo on demand. A Amazon Prime Video, uma de suas principais concorrentes, já superou a marca de 150 milhões de clientes em 2020.

Além do mais, no Brasil e em outros países da América Latina a Netflix ganhará mais uma concorrente de peso a partir do dia 17 de novembro: a Disney+, plataforma de streaming da multinacional e quase centenária Disney.

A plataforma contará séries e filmes da Disney, Pixar, Marvel, National Geographic, Stars Wars, como também produções originais exclusivas da empresa.

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