Em coletiva virtual nesta sexta-feira (4/9), o chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), João Pinho, explicou como é feito o monitoramento da covid-19 por meio do plano Minas Consciente.
“Há três grandes grupos de indicadores: a incidência, que nos mostra como a doença está hoje; os indicadores da capacidade de atendimento, que sinaliza como estão os dados dos nossos hospitais; e a velocidade de avanço da doença, que nos permite entender se a mesma encontra-se em progressão ou em regressão”, detalhou Pinho.
De acordo com o chefe de Gabinete da SES, os dados são analisados semanalmente, por macro e microrregiões de saúde.
“Toda segunda-feira, as informações são extraídas da base de dados. Na terça-feira, são encaminhadas para o Centro de Operações em Emergência em Saúde (COES-MG) e também para o Grupo Executivo, responsável por dar suporte ao Comitê Extraordinário na tomada de decisão. Já na quarta-feira, o Grupo Executivo encaminha uma proposta ao Comitê, que a avalia e faz uma deliberação final, feita por macrorregião. A decisão com a atualização das ondas é divulgada toda quinta-feira”, acrescentou.
Prazos
Pinho explicou, ainda, sobre a importância do prazo de 28 dias que são contados para a avaliação da mudança da onda amarela para a verde em uma determinada região. “Se uma abertura é feita de maneira muito rápida, não haverá tempo suficiente para monitorar o que ocorreu com a sociedade enquanto a região estava na onda amarela. Por isso a importância desse período”.
A região do Jequitinhonha, por exemplo, apresenta um grau de risco 12 que possibilitaria o avanço para a onda verde. No entanto, a região ainda não tem 28 dias na onda amarela, e, portanto, ainda não pode avançar neste momento.
Macro e microrregião
Além das informações relacionadas às macrorregiões de saúde, também são divulgados, de forma paralela, dados de microrregiões.
Essa avaliação mais localizada ocorre para que o prefeito do município possa optar por adequar a cidade aos protocolos da macro ou da microrregião. O gestor municipal irá avaliar os dados da sua região ampliada e tomará sua decisão.
“O prefeito pode decidir por adequar os protocolos à onda amarela mesmo que a microrregião esteja na onda vermelha, desde que exista algum indicador que justifique, naquele momento, a sua tomada de decisão. Ou pode manter a decisão pelo indicador mais restritivo”, destacou João Pinho.
O chefe de Gabinete reforçou que a sugestão da Secretaria é para que os municípios sempre adotem a postura mais conservadora quanto a essa decisão, optando por aguardar uma semana a mais para avançar uma onda com uma margem mais segura.
Até o momento, 605 municípios formalizaram sua adesão ao Minas Consciente. Esse número representa 71% das cidades e mais de 13 milhões de mineiros impactados.
Quer saber as notícias do Aconteceu no Vale em primeira mão? Siga-nos no Facebook @aconteceunovale, Twitter @noticiadosvales e Instagram @aconteceunovale.