Estudo realizado pelos pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) Williams Ferreira e Marcelo Ribeiro aponta que o inverno, que começa em 20 de junho, deverá ter temperaturas acima da média histórica em todo o país neste ano. Em Minas, os termômetros devem marcar números mais altos nas regiões cafeeiras da Zona da Mata e no Sul. As temperaturas também podem ficar acima da média no Triângulo Mineiro, no Oeste e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Vale do Aço.
O inverno meteorológico teve início um pouco mais cedo, com a entrada das frentes frias que baixaram as temperaturas a partir de meados de maio e trouxeram chuvas para as regiões cafeeiras no início da atual safra. Essa situação contribuiu para que os cafés tivessem o processo de maturação mais acelerado, reduzindo a janela para colheita do café cereja e aumentando a possibilidade de colheita de cafés já secos no pé e de frutos caídos no solo.
O resultado tem favorecido a produção de cafés de baixa qualidade nesta safra. Por isso, os produtores que tiverem boa capacidade de secagem no pós-colheita, devem acelerar esse processo.
Apesar de 2020 ser um ano de alta safra, como este inverno pode ser mais seco e com temperaturas acima da média, as produções para a safra 2021 podem ser afetadas. Além disso, muitas lavouras estão apresentando alto desfolhamento, devido à elevada produtividade. Assim, os cafeicultores devem se preparar para realizar as podas o mais breve possível, logo após a atual colheita.
A análise feita pelos pesquisadores da Epamig – vinculada da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) – foi elaborada com base em estatísticas e no histórico da ocorrência de fenômenos climáticos globais, principalmente, daqueles atuantes na América do Sul. Mas a previsão climática trata de fenômenos da natureza, que são passíveis de mudanças drásticas.
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