O Brasil passou dos 400 mil casos confirmados de Covid-19, de acordo com o balanço diário divulgado pelo Ministério da Saúde. Foram incluídas nas estatísticas 20.559 novas pessoas infectadas com o novo coronavírus, totalizando 411.821. O resultado marcou um acréscimo de 5,1% em relação a ontem (26), quando o número de pessoas nesta condição estava em 391.222.
A atualização do ministério registrou 1.086 novas mortes, chegando a 25.598. O resultado representou um aumento de 4,4% em relação a ontem, quando foram contabilizados 24.512 óbitos por Covid-19.
Do total de casos confirmados, 219.576 estão em acompanhamento e 166.647 foram recuperados. Há ainda 4.108 óbitos sendo analisados.
A letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 6,2%. Já a mortalidade (a quantidade de óbitos pelo total da população) foi de 12,2.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de mortes (6.712). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (4.605), Ceará (2.671), Pará (2.545) e Pernambuco (2.468).
Também foram registradas mortes no Amazonas (1.891), Maranhão (853), Bahia (531), Espírito Santo (511), Alagoas (368), Paraíba (298), Rio Grande do Norte (242), Minas Gerais (240), Rio Grande do Sul (209), Amapá (183), Paraná (162), Rondônia (137), Piauí (134), Distrito Federal (133), Santa Catarina (126), Sergipe (127), Acre (113), Goiás (108), Roraima (102), Tocantins (65), Mato Grosso (46) e Mato Grosso do Sul (18).
Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (89.483), Rio de Janeiro (42.398), Ceará (37.275), Amazonas (33.508) e Pará (31.033). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pernambuco (29.919), Maranhão (26.145), Bahia (15.070), Espírito Santo (11.484) e Paraíba (10.2095).
De acordo com o mapa global da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, o Brasil é o 2º colocado em número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos (1,69 milhão). O país é o 6º no ranking de mortes em decorrência da covid-19, atrás de Espanha (27.117), França (28.599), Itália (33.072), Reino Unido (37.542) e Estados Unidos (100.047).
De acordo com o Ministério da Saúde, em dados de ontem o Brasil era o 51º em incidência, indicador que mede a quantidade de pessoas infectadas proporcionalmente à população. O país também era o 14º em mortalidade, quando os óbitos são comparados com o total da população.
Hoje não foi realizada a entrevista coletiva com representantes do Ministerio da Saúde, onde mais dados e análises são apresentados sobre o balanço diário. O evento era uma prática diária, mas a nova gestão mudou o hábito, ainda sem a definição de uma periodicidade definida.
Com isolamento, SP evitou número maior de óbitos, diz coordenador
O isolamento social em São Paulo evitou que o estado tivesse, neste momento, 950 mil casos de coronavírus e evitou também 65 mil mortes que poderiam ser registradas até o final de maio. Com isso, o estado tem hoje 89 mil casos e 6,7 mil óbitos. A afirmação foi feita hoje (27) por Dimas Covas, diretor do Instituto Butantã e atual coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus.
“Isso mostra o quão efetivas foram as medidas de isolamento”, disse. A quarentena em São Paulo foi adotada no dia 24 de março e hoje (27) ampliada até o dia 15 de junho, mas já prevendo a retomada das atividades no estado a partir do dia 1º de junho, de forma gradual e regionalizada pelo estado.
“As medidas de isolamento são a única ferramenta que dispomos para enfrentar essa pandemia. Nós não temos medicamentos nem procedimentos que sejam capazes de desativar o vírus. O isolamento é a única forma de colocarmos o vírus fora de circulação”, disse Dimas Covas.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, a curva de contágio hoje no estado paulista “é dez vezes menor”. “Estamos verificando uma desaceleração do crescimento da epidemia. Ainda estamos, sim, na etapa de crescimento, mas com um crescimento em ritmo menor”, afirmou.
Ontem (26), a taxa atingiu 47%, abaixo do mínimo esperado pelo governo, estabelecido em 55%. Quanto mais alta, menor a propagação do vírus e menor a quantidade de pessoas necessitando de leito de unidades de terapia intensiva (UTI). Na capital paulista, a taxa chegou ontem a 49%.
Prefeitura
Segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, vidas foram poupadas. “Salvamos 30 mil vidas que teriam sido perdidas se a gente não tivesse tido a preocupação de conter a atividade econômica, isolar as pessoas e ampliar a atenção na área de saúde. De cada dez pessoas atendidas na rede municipal, nove são salvas”, disse o prefeito.
A cidade de São Paulo tem hoje 174.022 casos suspeitos de coronavírus, com 51.852 casos confirmados. A covid-19 já matou 3.421 pessoas. O total de curados chegou a 53.541 pessoas. Segundo o prefeito, 100 mil pessoas na cidade estão sendo monitoradas no momento.
A taxa de ocupação de leitos de UTIs em hospitais municipais estava ontem em 85%. “Estamos desde o dia 5 de maio, trabalhando nessa faixa. São mais de três semanas em que o índice fica entre 85% e 92%, mostrando que temos conseguido, com a ampliação de leitos de UTI na cidade de São Paulo, manter a taxa média de ocupação.”
A taxa média de crescimento de casos de coronavírus na cidade está em 3,1%. No dia 17 de março, era de 17,4%. Já a taxa de transmissão, ou taxa de contágio, está hoje em 1, ou seja, uma pessoa infectada transmite o vírus para uma pessoa. Segundo o prefeito, desde o dia 18 de maio, a cidade vem demonstrando uma certa estabilidade no número de mortes, de cerca de 520 óbitos por dia.
Redução
O ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, está compondo agora o Centro de Contingência do Coronavírus.
Em entrevista hoje, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, ele disse que, no início, São Paulo correspondia a 68% dos casos do país e hoje é responsável por 22% dos casos. “Em relação aos óbitos, a mesma situação. São Paulo correspondia a 68% do total de casos no país,e caiu para 26% agora.”
Estado do Rio confirma mais 2,4 mil casos de coronavírus
O número de casos confirmados de covid-19 no estado do Rio de Janeiro subiu hoje (27) para 42.398, com o acréscimo de mais 2,4 mil casos na lista de pessoas que tiveram as infecções por coronavírus testadas. O número de pacientes recuperados não foi atualizado pela Secretaria Estadual de Saúde, e permaneceu em 31.934.
O estado do Rio contabiliza 4.605 mil mortes por coronavírus, com a divulgação de mais 244 óbitos no boletim de hoje. Apesar de terem sido acrescentadas no balanço desta quarta-feira, essas mortes não necessariamente ocorreram nas últimas 24 horas, uma vez que os os resultados dos testes laboratoriais que confirmam a infecção muitas vezes ficam prontos dias após o óbito.
A cidade do Rio de Janeiro chegou hoje a 24.750 casos confirmados de coronavírus, com quase 1,5 mil a mais que o número divulgado ontem (26) pela Secretaria de Estado de Saúde. A capital superou o patamar de 3 mil mortes confirmadas, somando 3.115 vítimas da covid-19.
Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, tem o segundo maior número de mortes no estado: 217. A cidade da região metropolitana tem 1.293 casos, número inferior ao de Niterói (1.692) e ao de Nova Iguaçu (1.306), cidade que soma o terceiro maior número de mortos, com 152 casos.
Segunda cidade em número de casos de covid-19, Niterói não confirmou nenhuma nova morte no balanço de hoje e continua com 92 vítimas. São Gonçalo, que tem 118 vítimas, passou hoje de mil casos confirmados, com 1.026.
No litoral, Angra dos Reis tem o maior número de casos confirmados, 652, e 28 mortes. Em seguida, vêm Macaé, cm 626 confirmações e 24 mortes, e Campos dos Goytacazes, com 616 infecções confirmadas. Destas, 18 causaram óbitos.
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