As atividades turísticas durante o ano de 2019 em Minas Gerais representaram um movimento de aproximadamente R$ 20,5 bilhões na economia do estado, como mostra estudo feito pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais em março de 2020. O valor pode corresponder a cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro do ano passado, considerando estimativa da Fundação João Pinheiro (FJP), divulgada em 18/3, de que o PIB do estado alcance R$ 632 bilhões.
A subsecretária de Turismo da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), Marina Simião, destaca que a atividade turística é responsável por um posto de trabalho a cada 11 empregos gerados no mundo todo, com custos menores, se comparada a outras cadeias produtivas. “O turismo vinha se posicionando como o segundo colocado em termos de geração de riqueza em todo o mundo, atrás apenas da indústria alimentícia”, diz.
Com a crise em razão da pandemia do coronavírus e com as atividades turísticas reduzidas em virtude do isolamento social orientado por autoridades de Saúde, a subsecretária reforça a importância da área para geração de renda e empregos. “O turismo foi o primeiro setor a sofrer grande impacto, por consequências negativas nas companhias aéreas, no setor hoteleiro e nas micro e pequenas empresas que desenvolvem atividades ligadas ao ramo”.
Recuperação
Apesar do atual momento delicado, Marina Simião vê com otimismo o papel do turismo na recuperação econômica de Minas Gerais. “Da mesma forma que foi o primeiro setor a ser impactado, o turismo pode ser a grande alavanca para fazer a economia mineira se movimentar e ganhar forças novamente”, acredita. Para a subsecretária, o desafio será encontrar equilíbrio para satisfazer as demandas do mercado. “Ao final da crise, muitos terão receio de viajar, até mesmo por perdas financeiras, mas outras tantas pessoas estarão ávidas por passeios.
Ela reforça que a pasta está traçando propostas que contemplam turismo de curta distância e atividades locais, que possam incentivar os mineiros a conhecer mais o próprio estado. “Além disso, a Secult está em constante diálogo com entidades da cadeia do turismo para pensar, conjuntamente, em maneiras de amenizar os danos dessa crise e de retomar as atividades assim que possível”, garante.
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