Atenção, viajantes! Nessa época em que a procura por viagens está baixa em virtude da pandemia do novo coronavírus, é preciso ter muito cuidado com as ofertas enviadas por e-mail, redes sociais ou aplicativos de conversas prometendo preços extremamente baixos para pacotes de viagem no Brasil e para o exterior.
O Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) faz esse alerta porque tem crescido o número de reclamações contra agências virtuais de turismo que oferecem promoções “imperdíveis”, mas que dificilmente são cumpridas.
O problema aparece alguns dias depois da compra: o cliente recebe da agência a informação de que o pacote foi cancelado e que ele tem duas opções: a devolução do dinheiro ou a transformação desse valor em crédito para uma viagem no futuro. Caso opte pelo ressarcimento, podem passar semanas e até meses para que isso aconteça. Se escolher manter os créditos, eles não serão suficientes para custear a mesma viagem no futuro, de forma que será necessário desembolsar um dinheiro extra para fazê-la.
Em um famoso site de reclamações, esses problemas estão entre as principais queixas dos consumidores que adquiriram pacotes de viagens depois de se deixarem seduzir por ofertas mirabolantes recebidas via internet.
Na opinião do coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, a ação pode configurar uma estratégia perversa de algumas empresas para simplesmente colocarem dinheiro em caixa sem necessariamente prestarem o serviço contratado. “Pode ser classificado até mesmo como publicidade enganosa ou estelionato contra o consumidor”, alerta Barbosa. Por isso, afirma ele, antes de clicar no botão de comprar, o viajante precisa tomar alguns cuidados para não acabar caindo em uma cilada.
Providências – A primeira providência é verificar a idoneidade da empresa, por meio de consulta aos bancos de dados dos órgãos de defesa do consumidor e sites de reclamações. Se a empresa consultada tiver um número significativo de queixas e, principalmente, uma taxa baixa de respostas e de solução dos problemas, é melhor não arriscar.
Caso decida comprar o sonhado pacote de viagem, é fundamental obter o máximo de documentação possível. Vale imprimir a oferta recebida, eventuais conversas com atendentes virtuais, e-mails recebidos, o contrato e todas as telas que contenham a formalização da compra e a política de cancelamento. Importante também guardar comprovantes bancários e protocolos de todos os contatos feitos, via telefone ou internet. Barbosa lembra ainda a importância de se verificar se a empresa é legalmente constituída, se tem número de CNPJ, endereço físico e telefone para contato e, ainda, se possui autorização para atuar no ramo de turismo.
Em caso de não prestação do serviço, o consumidor deve, munido de toda a documentação possível, procurar o Procon de seu município para formalizar uma reclamação e, caso necessário, ingressar com uma ação judicial para reparação de eventuais danos materiais e morais.
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