Dez investigados presos, 16 veículos apreendidos e bloqueios de diversas contas e cartões bancários. Esse é o resultado da operação “Imhotep” realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para apurar crimes patrimoniais ligados a pirâmide financeira. As intervenções policiais começaram na última sexta-feira (6), com a prisão preventiva do líder do esquema criminoso, e prosseguiram hoje (9).
Segundo o Chefe do 9º Departamento de Polícia Civil, Delegado Marcos Tadeu de Brito Brandão, a investigação começou em novembro do ano passado e abrange a prática de estelionato, crimes contra as relações de consumo e posterior lavagem de dinheiro para dissimular os lucros obtidos ilicitamente. Os levantamentos da PCMG apontam prejuízos estimados em R$ 27 milhões e mais de 300 vítimas residentes em Uberlândia e municípios vizinhos.
O alvo da operação foi uma suposta pirâmide financeira construída a partir de uma empresa de investimentos. Os investigados teriam atraído as vítimas com promessas de cursos para operações “day trade” (iniciadas e encerradas no mesmo dia no mercado de ações) em bolsas de valores e posterior captação de clientes. “Eles afirmavam que os interessados teriam retornos expressivos a títulos de juros aplicados sobre o capital investido, com lucros muito acima de taxas do mercado”, explica Brandão.
A suspeita de golpe foi denunciada quando o grupo passou a deixar de pagar os investidores. Como é característico das pirâmides financeiras, as informações apuradas pela PCMG indicam que os juros e supostos dividendos das ações comercializadas eram quitadas com o investimento dos últimos interessados que entravam no esquema. Em determinado momento, o sistema financeiro ficou instável e os pagamentos não eram efetuados.
O termo “Imhotep”, que deu nome à operação, é alusivo a um dos responsáveis pela construção das pirâmides do Egito. A ação mobilizou 42 policiais civis para o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, além de prisões temporárias. Os suspeitos detidos foram encaminhamos ao Sistema Prisional.
O Chefe do Departamento enaltece o trabalho realizado pela equipe: “o sucesso da operação foi em decorrência do excelente trabalho investigatório realizado pelos policiais responsáveis por tal operação, que não mediram esforços para o levantamento de informações atinentes à apuração dos fatos, bem como para o cumprimento das medidas judiciais”.
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