Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, apontou que o HPV atinge mais da metade dos jovens brasileiros com idade entre 16 e 25 anos. O estudo foi conduzido nas capitais brasileiras em 2018.
Mas, o que é HPV? Trata-se do Papillomavirus humano, vírus que afeta 11,7% da população global. O contágio, nesse caso, se torna mais fácil, porque a contaminação depende apenas do contato direto com a pele ou mucosa infectada.
A infecção é caracterizada pelo aparecimento de verrugas e lesões na região genital e deve ser tratada por infectologista, ginecologista ou urologista tão logo surjam os primeiros sinais. A principal forma de transmissão é pela via sexual, seja oral, genital ou manual, mesmo que não ocorra penetração.
Embora o HPV possa não manifestar sintomas, existem 13 tipos causadores de câncer, dentre eles, o câncer do colo do útero, o cervical, o de pênis e o de orofaringe.
Daniela Cardoso, chefe do setor DST/AIDS do Município de Salvador, destaca que os jovens têm se mostrado resistentes ao uso de preservativo durante as relações sexuais. Essa falta de cuidado, na avaliação dela, aumenta significativamente o risco de infecção.
“Nós estamos passando por uma situação muito delicada com relação às infecções sexualmente transmissíveis. Temos muita informação, insumos de prevenção disponíveis, mas ainda temos dificuldade de mudar o comportamento dos jovens para evitar o contágio de ISTs. Hoje, os jovens são muito ligados à internet, nas redes sociais, mas não buscam muitas informações sobre as práticas preventivas. Essa é uma dificuldade que nós estamos passando.”
Vanessa (que prefere não se identificar com o sobrenome), tem 27 anos de idade. Aos 22 anos veio o susto, ao perceber verrugas na região genital. Era HPV. Ela conta que já havia sentido coceiras e que, passados alguns dias, percebeu as lesões. Apesar do desespero, dois anos depois ficou curada e revela que não houve nenhum agravamento da infecção.
“Ficou só nas verrugas mesmo e eu tive que fazer um procedimento para retirá-las, porque acabou enchendo muito. Algumas tinham um tamanho considerável e eu tive que fazer uma incisão. Depois desse procedimento, eu tive que fazer algumas sessões com ácido para retirar as que surgiram posteriormente.”
Sem camisinha, você assume esse risco. Use camisinha e proteja-se dessas ISTs e de outras, como HIV e Hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.
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